Falta de recursos impede pesquisas

Jornal Diário da Manhã, 07/06/2007

Falta de recursos impede pesquisas

A professora Lídia Andreu Guillo, da Universidade Federal de Goiás (UFG), diz que o grande empecilho do momento é o financiamento para as pesquisas para explorar o potencial das células-tronco. Para ela, o incentivo a esse tipo de pesquisa deve ser cada vez maior. “A célula-tronco regenera o tecido, por isso é muito importante na nossa Medicina”, diz a professora.

De acordo com ela, as células-tronco já podem tratar doenças como mal de Parkinson, mal de Alzheimer, cardiopatias (doenças do coração), além de várias doenças degenerativas. “Existe até mesmo maneiras de saber que doenças o indivíduo terá antes de nascer, pelo Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (PDG), que é feito no processo de fecundação in vitro”, conclui a professora Lídia.

ORIGEM – As células-tronco são aquelas capazes de se transformar em outros tipos de células. Isso porque elas se adaptam a partir de onde são colocadas no organismo. Se uma célula é colocada no coração, logo ela se tornará como as outras do orgão. Existem dois tipos de células- tronco: embrionárias e adultas.

As embrionárias são aquelas que estão no conjunto de células recém-formadas logo após a fecundação. Elas costumam ter desenvolvimento rápido. Ainda existe pouca pesquisa em relação a esse tipo de células-tronco, pois há um grande problema ético que envolve o assunto. Somente em 2005, com a Lei de Biossegurança, foi aprovado seu estudo.

Estas células não são usadas em nenhum tipo de tratamento médico. Já as células-tronco do tipo adultas são estudadas há mais tempo. Por isso existem várias pesquisas na área, além de várias doenças que são curadas com a sua implantação.