Estado volta a pagar Bolsa universitária

Jornal Hoje, 07/07/2007

Estado volta a pagar Bolsa universitária

Márcio Leijoto

Depois de sete meses de atraso no repasse do programa Bolsa Universitária, o governo estadual fechou ontem acordo com a Associação das Mantenedoras de Ensino Superior de Goiás (Amesg) e, a partir de agosto, garante pagar as parcelas em dia.

O que deixou de ser pago – que soma R$ 36 milhões – vai ser dividido em 25 parcelas, com a primeira sendo quitada amanhã.
O coordenador-geral da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Alberane de Sousa Marques, também anunciou a redução do valor da bolsa – de R$ 250 passou para R$ 200 ao mês.

Atualmente, o programa atende 23 mil estudantes que não têm condições de manter os estudos em instituições de ensino superior particulares. O fim do programa comprometeria a continuidade dos estudos de todos esses universitários.


“No final do ano, nos reuniremos com o governo para ver como estará a situação do Estado e ver se é possível aumentar o valor da bolsa. Esse (200 reais) é o valor que podemos pagar hoje. Espero que seja temporário e que volte ao valor anterior”, comentou.

O acordo foi anunciado no começo da noite, após reunião de Alberane com o secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga, e com o presidente da Amesg, Jorge de Jesus Bernardo.


O coordenador-geral da OVG diz que o atraso no repasse às universidades ocorreu devido a problemas momentâneos no caixa do Estado. “A situação está sendo normalizada e o governo fez essa proposta por ser a possível atualmente.”

PARCELAMENTO


O presidente da Amesg diz que o parcelamento da dívida e a normalização do repasse a partir de agosto são satisfatórios. Até então, a Amesg ameaçava procurar a Justiça para regularizar o pagamento da bolsa.

“O que importa agora é que o programa será mantido e isso é bom não só para as universidades, mas principalmente para os estudantes carentes”, disse Jorge.


Criado em 1999, o Bolsa Universitária cobra do beneficiário uma contrapartida com prestação de serviços em entidades e instituições governamentais ou não-governamentais, compatíveis com a área de formação do universitário.

O valor da bolsa cobre até 80% do valor da mensalidade, desde que se observe o limite de R$ 200.