Goiás é o 3º em bem-estar para os jovens
Goiás é o 3º em bem-estar para os jovens
Índice elaborado pelo banco mundial leva em conta indicadores como o acesso à educação e ao emprego, além das condições de saúde e segurança
Rosane Rodrigues da Cunha
Adriana da Silva Novaes tem 16 anos, cursa o 1º ano do ensino médio em uma escola pública da capital, trabalha desde os 9 anos e atualmente é agente do projeto Amigos do Trânsito da Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMT). Ana Paula Bastos tem 15 anos, nunca trabalhou e também cursa o 1º ano do ensino médio, mas em uma escola de classe média em um bairro nobre da cidade. As duas garotas não se conhecem e vivem realidades diferentes. Mas têm algo em comum: Adriana e Ana Paula fazem parte da juventude goiana que, segundo um relatório do Banco Mundial, tem o terceiro melhor Índice de Bem-Estar do País.
Divulgado na segunda-feira, o relatório avaliou 36 indicadores sociais de jovens de 15 a 24 anos, como condições socioeconômicas, escolaridade, acesso a serviços de saúde, oportunidades de emprego e comportamento. O resultado dessa análise feita em todo o País é condensado no chamado índice de Bem-estar Juvenil, criado nos Estados Unidos para avaliar fatores de riscos aos quais os jovens podem estar expostos. Goiás aparece no ranking do Índice de Bem-Estar Juvenil atrás apenas do Distrito Federal e de Santa Catarina.
De acordo com o Banco Mundial, a boa colocação mostra, por exemplo, que os jovens goianos têm mais acesso à escola, ao mercado de trabalho e estão mais distantes de ameaças à vida e à saúde, como drogas e violência, do que a juventude de Pernambuco, que tem a pior colocação do País. Adriana concorda. “É muito bom morar em Goiás”, diz a adolescente, que há um ano trocou Araguaína (TO) por Goiânia em busca de melhores condições de estudo. Na capital, ela encontrou vaga no ensino público e um emprego de meio período, que lhe garante 279 reais mensais, o suficiente para algumas despesas básica e para o lazer.