Servidores parados engessam a UFG
Jornal O Popular, 09/08/2007
Servidores parados engessam a UFG
Alunos ficam no prejuízo com bibliotecas e setor de matrículas fechados. no cepae, já falta merenda para os estudantes
Rosane Rodrigues da Cunha
A greve dos servidores da Universidade Federal de Goiás (UFG), que completa hoje 75 dias, está afetando o funcionamento de vários setores da instituição. Alguns setores, como as bibliotecas, estão completamente paralisados. Os alunos já sentem os prejuízos. Acadêmica do segundo ano de Medicina, Gracielly Suemi, de 19 anos, conta que há dois meses e meio não tem acesso às bibliotecas, que funcionam no câmpus 2 e na Praça Universitária.
|
“Estou recorrendo a fotocópias, quando preciso consultar algum livro”, diz. Segundo a coordenação do movimento, a adesão é de quase 100% dos 2,8 mil servidores da UFG. Cerca de 3,5 mil empréstimos de livros deixaram de ser feitos por dia. As bibliotecas de Jataí, Catalão e do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) também estão fechadas.
Outro serviço afetado é o de matrículas. O preenchimento do formulário de matrícula é on-line, mas os estudantes não contam com o apoio da Divisão de Assuntos Acadêmicos para o esclarecimento de dúvidas. Aluna do primeiro ano do curso de Pedagogia, Denize Fernandes, 19, conta que quase perdeu o prazo para se matricular neste semestre. “Não tinha ninguém para me dar informações”, lamenta.
Merenda
No Cepae, os estudantes estão sem a merenda escolar, antes fornecida pela escola. A greve também tem prejudicado o controle de freqüência e a emissão de notas dos alunos. “São atividades primordiais na escola”, diz a diretora Maria José Oliveira de Faria Almeida, ressaltando que todos os cerca de 30 servidores lotados na unidade aderiram à paralisação. “As reivindicações dos trabalhadores são justas e espero que haja logo um acordo”, diz Maria José.