Festa cultural com livros

Jornal Diário da Manhã, 16/08/2007

Festa cultural com livros

Sabrina Araújo

Uma nova concepção de livraria chega ao mercado goiano. Nada de auto-ajuda, livros religiosos ou esotéricos. O foco é a produção acadêmica realizada nas universidades de todo o País, além, é claro, das publicações científicas, literárias e clássicos de interesse da comunidade. Associada a tudo isto, muita produção cultural. Do que estamos falando? Da proposta da Livraria UFG, que será inaugurada hoje, às 19 horas, no pátio da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, Campus Samambaia.
A proposta não é fácil, já que poucas monografias, teses e pesquisas são editadas e publicadas, e a circulação do material existente é pouco incentivada. Mas a diretora do Centro Editorial e Gráfico da UFG (Cegraf), Maria das Graças Monteiro Castro, não teme o desafio. “Há um acordo entre as editoras, por meio da Associação Brasileira de Editoras Universitárias, para fornecer as publicações e promover sua circulação. Com a livraria, daremos mais visibilidade às obras”, ressalta.

Filiais

Estudantes, professores e funcionários poderão aproveitar o intervalo das aulas para dar um pulinho na livraria e conhecer novos títulos. Animada com o projeto, Maria das Graças ressalta que outras quatro filiais serão inauguradas. “O projeto prevê a reativação das unidades do Centro de Convivência e da Faculdade de Educação e duas novas instalações em prédios que estão sendo construídos pela universidade”, explica.
E para quem pensa que o espaço terá um caráter elitista, a diretora do Cegraf alerta que, a longo prazo, ele deve estreitar o diálogo entre universidade e comunidade. “Queremos mostrar o que produzimos. Devemos isto a eles. É comum ouvir que a população não tem interesse por esse tipo de leitura. Mas acho que, na realidade, eles não têm é acesso.”
Acordos firmados pelo Cegraf com editoras de todo o País deram à Livraria UFG descontos na compra das publicações, o que garante preços melhores para o consumidor. “Não temos o lucro como finalidade”, justifica Maria das Graças. Desta forma, as obras de editoras universitárias serão vendidas com 20% de desconto, e as demais terão 10%.
“Fazer com que o livro chegue mais barato é importante. No Brasil, os livros são caros porque as tiragens são baixas. Como conseqüência, o consumo também é pequeno”, explica a diretora.