MEC anuncia construção de 150 escolas técnicas federais até 2010

O Globo Online, 31/08/2007

MEC anuncia construção de 150 escolas técnicas federais até 2010

Ministro da Educação Fernando Haddad anuncia a construção de 150 escolas técnicas federais até 2010 - Foto: Agência Brasil

RIO - O Ministério da Educação anunciou nesta sexta-feira, em Brasília, o cronograma de construção de escolas técnicas federais em 150 municípios brasileiros. Nesta segunda fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, no período de 2008 a 2010, serão abertas 70 unidades no primeiro ano, 50 no segundo e 30 no terceiro. Além da construção, serão incorporadas outras cinco escolas já existentes. Na primeira fase do plano, foram abertas 60 escolas.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, esta é uma das ações estratégicas mais importantes do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

- Vamos construir pelo menos um instituto federal de educação, ciência e tecnologia por estado. Uma das missões é fortalecer a educação pública no país, sobretudo no que diz respeito ao ensino médio - afirmou.

" Serão criadas 274 mil vagas até 2010. Hoje são 160 mil "

Segundo o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, quando concluídas as duas fases do plano de expansão, serão criadas 274 mil vagas - hoje, são 160 mil -, o que ampliará o acesso de jovens ao mundo do trabalho. O governo federal destinará R$ 750 milhões para obras e R$ 500 milhões, por ano, para custeio e salários de professores e funcionários.

- Esse investimento tenta resgatar a grande defasagem que o nosso país tem com relação à educação profissional. Isso faz parte de uma política mais ampla de governo, pois não há possibilidade de haver desenvolvimento sustentável sem mão-de-obra qualificada. Chegaremos a 500 mil vagas em 2010, com 354 escolas técnicas - disse.

Novas unidades oferecerão pelo menos cinco cursos técnicos

Segundo o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, o investimento visa resgatar a defasagem com relação à educação profissional - Foto: Agência Brasil

De acordo com Eliezer Pacheco, um dos critérios para a escolha de cada município foi o conceito de cidade-pólo - municípios que têm um amplo raio de abragência, de forma a alcançar o maior número de regiões no país. As novas unidades de ensino vão oferecer, no início, pelo menos cinco cursos técnicos de nível médio. As áreas dos cursos serão debatidas em audiências públicas nas regiões durante 120 dias. As primeiras escolas, segundo as previsões da secretaria, serão inauguradas no primeiro semestre de 2008, com início das aulas em agosto. Os concursos públicos para a contratação de professores e funcionários ocorrerão nos primeiros meses do próximo ano.

- É importante destacar que trata-se de um processo de escolarização. O que melhora a renda do trabalhador, não é sua formação profissional, mas a ampliação da sua escolaridade - afirmou.

No Rio, sete cidades serão contempladas: Cabo Frio, Angra dos Reis, Petrópolis, Itaperuna, Volta Redonda, Duque de Caxias e Nova Friburgo. São Paulo terá 12 unidades; Bahia, 8, e Amazonas, 4 ( clique aqui e confira o mapa ).

" No Rio, sete cidades receberão escolas técnicas. Em São Paulo, 12 serão contempladas "

Para definir a seqüência das obras, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) baseou-se nas contrapartidas oferecidas pelos municípios. Quanto maior e mais qualificadas as contrapartidas, mais rapidamente o município vai receber a nova unidade.

De acordo com o secretário, esta é a segunda vez, desde o início do século passado, que o governo impulsiona a educação profissional. Em 1909, foram criadas 19 escolas para formação de artíficies e aprendizes. Os investimentos na ampliação da rede, a partir de então, foram poucos e carentes de programação.

Segundo Haddad, o novo modelo pedagógico de escolas técnicas estaduais e federais e os futuros institutos federais de educação ciência e tecnologia vão romper com o preconceito com as escolas profissionalizantes.

- Vamos abrir um novo tronco de desenvolvimento individual que não pode se restringir à educação superior, tem que contar também com a educação profissional e tecnológico.