Influências da juventude hippie
Jornal Diário da Manhã, 24/09/2007
Influências da juventude hippie
Indivíduos que são adultos hoje vivenciaram a era hippie dos anos 70, e muitos deles carregam marcas e lembranças fortes daquela época. Tanto é verdade que a moda atual é composta de tendências `woodstockianas´, e o comportamento de alguns segue a mesma linha. Claudet Miranda Silveira, 54, se considera uma adulta arraigada nos valores e costumes da juventude, e confessa que não perdeu o espírito festeiro de antes.
Mãe de duas filhas de 23 e 22 anos e um filho de 18, a economista sai todos os fins de semana com as crias para bares, shows de rock e festas trance. Ela se diverte tanto quanto eles ou até mais. "Esses meninos são novos ainda, e eu já sou experiente nessa área". Quando não compartilha da presença dos rebentos para curtir a noite, sempre encontra nos amigos a felicidade almejada: "Meus maiores laços afetivos são com músicos e jornalistas, por isso não tem como ficar parada".
Claudet associa a boa relação que tem com jovens por possuir gostos musicais parecidos: no seu computador há desde Led Zeppelin e Janis Joplin a Los Hermanos e System of a Down. Para ela, felicidade é conviver com a faixa etária entre 20 e 30 anos. Outro caso semelhante é o de Rodrigo Houara Brettas, 39, secretário da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da UFG, que mais parece um estudante, tamanha afinidade com o meio.
Ele acredita que trabalhar de tênis, camista e calças jeans não transparecem `adolescência´ na íntegra, mas ajudam a caracterizar não só o visual, mas a alma do indivíduo: "Se você não aprendeu nada de diferencial com as questões do tempo, é porque não as viveu intensamente". Para dar sentido à nostalgia, curte um bom e velho rock-’n’roll; já para se sentir relaxado, gosta de beber cerveja com a esposa trajado de bermudas, camiseta e chinelo de dedo. "Nada como ser jovem", complementa.