Nova direção

Jornal O Popular, 12/10/2007

Nova direção

Modesto Gomes assume a presidência da Academia Goiana de Letras com o projeto de aproximá-la mais do interior

Laílson Duarte
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Modesto: “Me tornei presidente porque os ótimos nomes que temos não quiseram concorrer”

Rogério Borges

Depois de dois mandatos consecutivos de Geraldo Coelho Vaz, a Academia Goiana de Letras (AGL) tem novo presidente. É o escritor, professor e juiz aposentado Modesto Gomes da Silva, na entidade desde 1972. Mesmo com tanto tempo de casa, é a primeira vez que Modesto assume um cargo de diretoria na instituição. “Neste período em que estou aqui, tivemos ótimos presidentes. Não havia necessidade de eu me candidatar. Só me tornei presidente porque estes nomes não quiseram concorrer desta vez”, explica.

A eleição foi realizada na última semana e não houve disputa, já que o novo presidente encabeçou chapa única. Os imortais também escolheram Luiz Augusto Sampaio como vice-presidente, Eurico Barbosa como primeiro secretário, Helvécio de Azevedo Goulart como segundo secretário, Bariani Ortencio como tesoureiro, Brasigóis Felício como bibliotecário e Maria do Rosário Cassimiro, José Mendonça Teles e Ursulino Leão para o Conselho Fiscal. O mandato de todos tem vigência de dois anos.

Modesto Gomes conta que seu ingresso na AGL se deve, em grande medida, à campanha favorável ao seu nome feita pelo jornalista Jaime Câmara. “Eu trabalhei no POPULAR durante 15 anos. Fui redator, dirigi o suplemento cultural e escrevi crônicas diárias para o jornal em uma coluna que se chamava Tema Livre. Jaime Câmara gostava muito de mim e se esforçou para me ver na AGL”, recorda.

Em sua carreira literária, Modesto conta com 12 obras publicadas, entre as quais há dois romances, dois livros de contos, dois de história, dois volumes de crônicas e um de crítica literária. Seu primeiro trabalho publicado foi História e Literatura – Estudos Históricos e Literários, lançado em 1968. O seu mais recente é o romance O Dia e a Agonia, de 2006.

O novo presidente da AGL também deu aulas nos cursos de História, Letras e Comunicação da UFG. Ele adianta que nos cofres da academia não existem muitos recursos, o que não o impede de fazer planos. “Pretendo construir um auditório anexo ao prédio da AGL, que necessita deste espaço. Também acho que a academia deve se envolver na maior quantidade de projetos culturais possível e ir mais para o interior do Estado.”