UFG terá mais 3 mil vagas
Jornal Diário da Manhã, 26/10/2007
UFG terá mais 3 mil vagas
Ivair Lima
lima@dm.com.br
Da editoria de Cidades
Depois de duas tentativas frustradas por manifestações ruidosas de estudantes, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Goiás aprovou, ontem, seu plano de Reestruturação e Expansão (Reuni). Por medida de segurança, a reunião foi realizada no prédio da Justiça Federal, na Rua 19, no Centro. Segundo o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, mais 3 mil novas vagas serão oferecidas. Pelo projeto a ser implementado até 2012, serão criados novos cursos e ampliado número de vagas para os cursos já existentes.
Em Goiânia, serão criados 22 cursos, que cobrem todas as áreas de atuação da UFG. Alguns setores, como engenharia e artes, foram muito ampliados. Engenharia Ambiental, Florestal e Mecânica são algumas das novas opções. Para as artes, está prevista a criação de cursos de Música (Percussão, Guitarra Elétrica, Saxofone e Clarinete), Licenciatura em Dança e Tecnologia em Produção Cênica. Outra novidade é o curso de Letras-Libras, voltado para quem precisa se comunicar ou ensinar na Linguagem Brasileira de Sinais. O Campus de Catalão contará com mais três cursos: Matemática Aplicada, Ciências Biológicas e Ciências Sociais. Em Jataí, serão criados os cursos de Engenharia Florestal, Fisioterapia e Artes Visuais.
As novas vagas para os cursos já ministrados pela UFG são oferecidas em Goiânia, cidade de Goiás, Catalão e Jataí. Estão previstas as contratações de 475 professores e 300 servidores técnico-administrativos.
O relatório final da comissão que elaborou o Reuni prevê investimentos de mais R$ 51,8 milhões até 2012. Para complementar o orçamento da UFG, o reitor Edward Madureira informou que em 2008 serão aplicados R$ 15 milhões.
Protestos
Cerca de 50 estudantes protestaram contra a realização da reunião do Conselho Universitário no prédio da Justiça Federal e discursaram contra o Reuni. Munidos de um carro de som, se fizeram ouvir no auditório, que fica a poucos metros da calçada. O representante dos alunos que teve voz na reunião, Marcos Oliveira, 28, estudante de pós-graduação na Faculdade de Educação Física, disse que a aprovação da reestruturação é “um crime contra a univesidade pública”.
Para Marcos, a expansão não é compatível com os recursos que a UFG dispõe: “Os professores que aprovam o Reuni hoje vão se arrepender lá na frente. A qualidade do ensino, que já não é boa, ficará ainda pior. Não somos contra a expansão, mas este não é o momento”, argumentou.
O reitor disse que a expansão da UFG não comprometerá a qualidade, conforme alegam os estudantes. “A Universidade Federal de Goiás não cederá um milímetro na qualidade. Pelo contrário, nosso compromisso, de todos os departamentos, é de melhorar os serviços prestados.”