Leite é substituído após denúncias de adulteração

Jornal Diário da Manhã, 29/10/2007

Leite é substituído após denúncias de adulteração

João Paulo Teixeira
joaopauloteixeira@dm.com.br
DA EDITORIA DE CIDADES

Após a constatação de problemas como presença de soda cáustica, água oxigenada, coliformes fecais, bactérias, baixo teor de gordura e quantidade excessiva de água em 18 marcas de leite longa vida e pasteurizado em Goiás, o consumidor busca alternativas para manter a saúde sem abrir mão da mais importante fonte de cálcio, o leite.
Mesmo considerado um problema isolado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com autuações das empresas responsáveis e com a retirada dos lotes adulterados pelos órgãos competentes, já tem consumidor que deseja eliminar completamente todas as possibilidades de desenvolver doenças estomacais, como gastrites e úlceras.
O entregador Antônio Carlos Gomes da Costa, 32, afirma não gostar de leite mesmo antes da descoberta das marcas adulteradas. “Eu já não gostava de leite; com esse problema, agora é que eu não tomo mesmo”, conta.
A nutricionista Lidiane Simões explica que, no caso de alguns microorganismos encontrados nas amostras analisadas pelos laboratórios da Universidade Federal de Goiás (UFG), o mais aconselhado para eliminá-los é a fervura do leite. “Quase a totalidade das bactérias morrem quando expostas ao calor”, avalia a especialista.
Já para o caso dos produtos químicos encontrados em quase 42% das 43 marcas analisadas a pedido do Procon, não há muita escapatória. “Quanto a soda caústica e o ácido nítrico encontrado em algumas amostras, não há muito o que fazer para eliminá-los. A única coisa que podemos fazer neste caso é substituir o leite por fontes alternativas de cálcio, como leite de cabra.”