Consumidores temem pela saúde

Jornal Diário da Manhã, 30/10/2007

Consumidores temem pela saúde

Com medo da repercussão dos laudos do leite, a psicóloga Jaqueline Cardoso afirma que vai “esperar a poeira baixar” para consumir o produto. Por enquanto, leite está vetado em sua casa. “Fiquei assustada com essa questão da contaminação, e por prezar pela minha saúde, vou suspender o consumo por algum tempo”, afirma. Ela acredita que o problema é sério por envolver o consumo por crianças. “E esses pequenos que bebem esse leite contaminado, quão mal isso poderá fazer à saúde deles?”, questiona a psicóloga.

Outra consumidora que está de olho nas marcas de leite reprovadas na análise da UFG é a comerciante Maria Aparecida Pereira Santos. Na sua opinião, esse problema é um “absurdo”, um desrespeito aos brasileiros. Ela alega que não consumia nenhuma das marcas reprovadas, e que está atenta ao problema. “As marcas que eu bebo estão nas listas dos aprovados, mas não custa nada continuar atenta às próximas notícias sobre o assunto”, pondera.

Apesar de o consumidor estar mais cauteloso na hora da escolha do seu leite, o comércio goiano ainda não sentiu o reflexo negativo dessa crise. O gerente de supermercado Alexandre Vieira alega que as vendas do produto foi considerada normal nesses dias, mas afirma que os consumidores questionaram aos funcionários do estabelecimento quais eram as marcas reprovadas. “Ainda está cedo para fazer um balanço da crise, porque ainda não sentimos reflexos diretos dela. As vendas foram consideradas normais nesses dias. Mas acredito que as vendas de similares, como leite de soja e leite em pó, aumentem com essa questão”, frisa.