Ministério recolhe amostras em Goiás
Jornal Diário da Manhã, 07/11/2007
Ministério recolhe amostras em Goiás
Rodrigo Viana
Da editoria de Economia
O Ministério da Agricultura ordenou nesta segunda-feira que as superintendências ligadas ao órgão nos Estados realizassem coletas de amostras de leite nos supermercados. A responsável técnica da área do leite da Superintendência federal da Agricultura em Goiás, Cláudia Azevedo, afirmou que o trabalho de coleta já é feito nos laticínios e passa agora a ser complementado com inspeção do produto nos pontos de venda, por conta das denúncias do Procon e da repercussão na mídia. Ontem, a Assembléia Legislativa realizou audiência pública para tentar descobrir e punir os responsáveis pela adulteração no alimento. Hoje deputados devem votar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do leite. O MPE planeja entrar com uma ação civil pública contra produtores e laticínios caso seja confirmada a má-fé.
Desde a segunda-feira a superintendência ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) começou a coletar as caixas nos supermercados da Capital e do interior. Cláudia explica que ontem mesmo um fiscal do órgão foi incumbido da tarefa de viajar pelos vários municípios de Goiás. Ela afirma que todas as regiões terão material coletado. As primeiras ações visam a analisar apenas a bebida tipo UHT. “Mas todas as outras qualidades serão analisadas posteriormente”, ressalta.
Na tarde de ontem, o fiscal Emilson Roberto Machado foi ao supermercado Extra para levar exemplares para o laboratório do ministério. Ele explica que todas as marcas de laticínios goianos terão material coletado, não apenas as reprovadas no exame do Centro de Pesquisa em Alimentos da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), a pedido do Procon-GO. Emilson explica que três amostras de cada marca são colhidas: uma vai para o laboratório, outra fica de contraprova com o laticínio e a terceira no supermercado.
A superintendência procura obter as marcas com fabricação anterior ao dia 15 de outubro. As amostras serão analisadas no Laboratório Nacional Agropecuário em Goiás (Lanagro-GO), ligado ao Ministério. A previsão é de que em no máximo 72 horas (3 a 4 dias) já possa haver um laudo sobre a qualidade do produto. Caso sejam constatadas inadequações, a empresa produtora pode fazer uma segunda análise. Se for realmente constatado que o produto é impróprio, cabe ao Ministério da Agricultura fazer as sanções e punições necessárias.