Jornal Diário da Manhã, 07/11/2007

Erosões colocam população em risco

Matheus Álvares Ribeiro
matheusalvares@dm.com.br
Da Editoria de Cidades

A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) de Goiânia detectou, até o momento, cerca de 42 erosões espalhadas pelo município. As informações fazem parte de um documento encaminhado ao Ministério Público na última segunda-feira, 5, e que faz parte do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, desenvolvido pela Diretoria de Gestão Ambiental da Amma.
Segundo a gerente de manejo de resíduos sólidos da Agência, Celma Alves dos Anjos, as erosões estão distribuídas por todo o município e são, em sua maioria, fluviais, resultado da ação dos rios em áreas sem cobertura vegetal. Há, no entanto, alguns pontos de erosão provocada pelo deslocamento superficial de água (água da chuva, por exemplo).
A gerente afirma ainda que, das 42 erosões detectadas, cerca de quatro representam risco para a população devido à ocupação irregular destas regiões. Segundo a Amma, no entanto, a maior parte das áreas detectadas oferece risco apenas ao patrimônio público e ao meio ambiente. Para as regiões que apresentam risco à população a agência, em conjunto com a Secretaria Municipal de Obras (SMO), já está preparando a remoção destas famílias para outras residências.
São oito os pontos de erosão tidos como emergenciais pela Amma: Parque das Flores, Recanto São Joaquim e Solar Ville, entre os bairros Curitiba e Floresta, Aruanã III, Vera Cruz I, Chácara São Carlos, Itaipu e Santo Hilário, considerado uma das áreas em que será necessária a remoção de pessoas.
Celma afirma que, durante este período de chuvas, será feito o trabalho de recuperação dos pontos de maior urgência. O trabalho incluirá o acréscimo de resíduos de construção civil classe A, que se restringe a restos de tijolos, telhas, areia e blocos de concreto.
Do ponto de vista ambiental, os resíduos de construção civil não causam impactos desde que se faça a separação dos resíduos tóxicos, afirma o professor da Escola de Engenharia da UFG, Eraldo Henriques.