Formandos devem duplicar em 4 anos
Jornal O Popular, 12/11/2007
Formandos devem duplicar em 4 anos
Se os atuais formandos em Fisioterapia têm enfrentado nova disputa, também acirrada, ao deixar a faculdade, o quadro que se anuncia pode tornar o acesso a uma vaga no mercado ainda mais difícil. Levantamento feito pelo POPULAR no banco de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), mostra que os 14 cursos de Fisioterapia em funcionamento hoje em Goiás oferecem 1.085 vagas. Em quatro anos, a oferta de vagas vai praticamente dobrar (crescerá 99,5%), passando as instituições a disponibilizarem 2.165 vagas em seus vestibulares.
Apesar do grande número de novos fisioterapeutas formados anualmente, o conselho da categoria tem, ainda, uma quantidade pequena de profissionais registrados, cerca de 2,7 mil. De acordo com a coordenadora da subsede do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em Goiânia, Kelly Xavier, ainda há, de fato, muitos leigos atuando na área da fisioterapia, o que tem sido alvo de combate por parte do conselho. Por outro lado, ressalta, há serviços, inclusive no setor público, que ainda não contam com a presença do fisioterapeuta, como é o caso das salas de estimulação psicomotora nos Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais), uma realidade, segundo ela, que precisa mudar.
Farmácia
O número de vagas oferecidas nos cursos de Farmácia de Goiás crescerá quase 230% nos próximos quatro anos. Para o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Goiás, Cadri Saheh Ahmad Auad, o Estado ainda vive uma condição privilegiada do ponto de vista do mercado. Porém, o crescimento acelerado do número de cursos pode comprometer o desempenho dos profissionais.
O curso de Psicologia, desde o ano passado ofertado também pela Universidade Federal de Goiás (UFG), foi o quarto mais concorrido no vestibular da instituição. Segundo Heloísa Massanaro, presidente do Conselho Regional de Psicologia de Goiás e do Tocantins, muitos alunos iniciam uma atividade econômica para custear os estudos e, com isso, acabam adiando o exercício da profissão. “De tal forma que menos da metade daqueles que iniciaram seus cursos chega a se inscrever no conselho de classe e se habilita ao exercício pleno do exercício de psicólogo.”