Academia preocupada

Jornal Diário da Manhã, 14/11/2007

Academia preocupada

A extinção da Fapeg preocupa a comunidade acadêmica e científica da Universidade Federal de Goiás, afirmou, em nota divulgada no site da instituição, o reitor da UFG, Ed ward Madureira Brasil. Ele considera louváveis as medidas que visam a enxugar a máquina administrativa e a reduzir o déficit do Estado, mas afirma que a extinção da Fapeg, após anos de luta para sua criação e consolidação, é vista com apreensão.

Diz a nota da UFG que: “Oficialmente criada em 2005, por meio da Lei 15.472, a Fapeg tem uma missão imprescindível ao processo de desenvolvimento regional: fomentar as atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação. Isso implica financiar, total ou parcialmente, projetos de pesquisa, inovação, difusão tecnológica e extensão, individuais ou de instituições públicas ou privadas e, também, de empresas compromissadas com o avanço socioeconômico e cultural.

Na opinião do deputado estadual Thiago Peixoto (PMDB-GO), a Fapeg tinha potencial para ser a grande indutora do desenvolvimento no Estado de Goiás, uma vez que une o setor produtivo e as universidades, ampliando o conhecimento. “Sua extinção é um retrocesso para o Estado. O governo deveria ouvir a sociedade e recuar na mudança para não colocar em jogo o futuro de Goiás.” Ele reconhece que a reforma administrativa do legislativo é necessária, mas diz que esse é um caso a parte. Thiago Peixoto observa que Goiás foi um dos últimos Estados a criar uma instituição voltada para a pesquisa. Como exemplo de sucesso, ele cita a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), criada há 45 anos e que conta com orçamento anual de R$ de 800 milhões.