Preparação para provas discursivas

Jornal DIário da Manhã, 19/11/2007

Preparação para provas discursivas

Matheus Álvares Ribeiro
matheusalvares@dm.com.br
Da Editoria de Cidades

Neste domingo, 18, a Universidade Federal de Goiás (UFG) realiza a primeira etapa de seu processo seletivo para 2008. Concorrem, ao todo, mais de 28 mil candidatos para as quase quatro mil vagas disponíveis e cobiçadas por estudantes de todo o Estado e mesmo de outros cantos do Brasil.
O sonho de conquistar uma vaga na UFG, no entanto, será alcançado por uns poucos que se prepararam melhor ao longo do ano. Mas mesmo aqueles sortudos que tiverem o privilégio de passar nas provas de hoje terão de enfrentar uma segunda seleção, que definirá aqueles que serão, de fato, alunos de uma das mais importantes universidades do Centro-Oeste.
Àqueles que conseguirem um bom resultado na primeira fase, fica a pergunta: o que fazer para se sair bem na segunda etapa? Por incrível que pareça, a fórmula é muito parecida com aquela usada nas primeiras provas, mas é sempre importante prestar atenção a alguns detalhes importantes.

Na hora H
Segundo o professor Márcio Manoel Ferreira, o grande segredo para a segunda etapa é saber escrever com coerência. Para ele, a organização das idéias é fundamental nesta etapa, especialmente para as provas de humanidades, que são, predominantemente, discursivas. Esta, no entanto, é uma exigência a todos os candidatos, que são obrigados a realizar provas de Redação e Língua Portuguesa.
Márcio explica, ainda, que as respostas do aluno devem convencer a banca de que ele sabe o tema. Deve-se também evitar “ecnher lingüiça”. A resposta deve ser direta e clara. “A banca costuma se irritar muito com textos que fazem muitos rodeios”, explica.
Temas
Naturalmente, deve-se prestar atenção a alguns temas recentes, que têm grande chance de serem relembrados nas provas. Este ano, as questões ambientais devem ser priorizadas, especialmente aquelas referentes ao aquecimento global.
O professor também avisa que temas clássicos não podem ser descartados. “Geralmente, na segunda fase, a UFG gosta de priorizar o Nordeste”, afirma Márcio. Neste caso, é interessante dar atenção a assuntos como a transposição do Rio São Francisco e os processos de transformação na caatinga. Problemas urbanos e questões de fronteiras também são temas que se deve dar atenção.
A candidata Márcya Cristina, 17, candidata ao curso de Jornalismo, afirma que não se espantou com a prova da primeira fase. “Era o que eu esperava”, conta. Esta é a primeira vez que ela presta vestibular e se diz tranqüila, apesar de reclamar das provas de Física e Inglês, nas quais ela teve mais dificuldade. Caso seja aprovada, a estudante já tem sua estratégia traçada para a segunda fase. “Vou praticar mais Redação e ficar mais atenta ao que acontece no mundo.”