Estudantes desenvolvem projetos inéditos em centros acadêmicos

O Globo Online, 19/11/2007

Estudantes desenvolvem projetos inéditos em centros acadêmicos

Danielle Lourenço, do Diário de São Paulo

Alunos do Colégio Singular desenvolveram software que contribui para o ensino da lígua inglesa

SÃO PAULO Os centros acadêmicos são lugares ideais para encontrar pessoas talentosas. Esses locais são verdadeiros oásis em que florescem idéias práticas e brilhantes, que despertam atenção do mercado. No tempo livre, os estudantes se dedicam a projetos inusitados, que podem render algum dinheiro ou aquela chance de um bom emprego - grandes empresas costumam contratar essas mentes brilhantes.

No Colégio Singular, os alunos são estimulados a criar desde cedo. E o resultado é o sucesso. Um exemplo é o projeto de conclusão do curso técnico de informática, no qual oito estudantes enxergaram a oportunidade de lançar algo inexistente no mercado. Os alunos, todos com 17 anos, desenvolveram um software que integra áudio e letras de música para auxiliar no ensino da língua inglesa.

"Optamos por esse projeto porque gostamos de música e queríamos criar algo diferente", conta Lucas Marques, representante do grupo.

Foram sete meses de trabalho e os adolescentes conseguiram licenciar, por seis meses, o programa para um professor de inglês, que dá aulas em empresas.

"Agora, pretendemos registrar e comercializar a idéia", afirma Marques.

Caio Cavalcanti se diverte com o projeto desenvolvido para a GM A General Motors (GM) percebeu o grande potencial das universidades. Criou, há sete anos, o Pace, programa para que alunos de 36 instituições espalhadas pelo mundo conheçam e participem do processo de desenvolvimento de automóveis.

No Brasil, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) faz parte do programa da empresa automobilística. Desde 2005, dois alunos de engenharia mecânica foram escolhidos para participar dos projetos do Pace.

"Acho que participar do programa viabiliza uma carreira internacional e abre portas na indústria", acredita Caio Dimov, aluno do º4 ano que participa do programa da GM.

Até agora, eles já desenvolveram, em parceria com estudantes de outros países, um veículo virtual por meio de softwares instalados pela empresa nos laboratórios da universidade. E, desde 2006, preparam um motor movido a álcool para carro de Fórmula 1.

Serviço

As grandes empresas buscam profissionais nas instituições de ensino. Muitos estudantes são selecionados pelos projetos que realizam. As áreas com mais investimentos são engenharia e tecnologia da informação (TI). A General Motors (GM), por exemplo, investe em laboratórios de centros acadêmicos no Brasil e no exterior. Na Escola Politécnica da USP, a GM tem vários programas instalados, como CAD, CAE e CAM.