Redação encerra vestibular da UFG

Jornal O Popular, 11/12/2007

Redação encerra vestibular da UFG

Dois professores ouvidos pelo popular têm opiniões diferentes sobre grau de dificuldade dos testes aplicados no primeiro dia da 2ª fase

Carla Borges e Marly Paiva

Ricardo Rafael

Estudantes deixam a Faculdade de Medicina onde estão sendo realizadas provas do vestibular da UFG

Redação encerra hoje a segunda fase do vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ontem, quase 10 mil candidatos enfrentaram a primeira parte das provas que compõem a segunda etapa da seleção. Dos 28.960 inscritos inicialmente, 9.677 estudantes concorreriam, ontem, às 3.963 vagas em 92 cursos, mas 256, ou 2,6% não compareceram. A abstenção foi considerada baixa pela presidente do Centro de Seleção da UFG, Luciana Freire. A maioria dos alunos concentrou-se em prédios do câmpus 2. Ontem eles fizeram testes de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e de disciplina específica da área em que concorrem.

Quem não compareceu está fora do concurso, que tem hoje provas de redação e do restante das matérias específicas: matemática e física (grupo 1), biologia e química (grupo 2), geografia e história (grupos 3 e 4). Apenas os candidatos dos cursos de Música e Artes Cênicas ainda terão exame, já nos dias 18 e 19 deste mês, para verificação de habilidades e conhecimentos específicos. Desta vez, pelo menos em três dos prédios onde as provas do dia foram aplicadas, na Escola de Engenharia e nas Faculdades de Educação e de Direito, não houve atrasos.

Hoje à noite já devem ser liberadas no site do vestibular da UFG (www.vestibular.ufg.br) as respostas esperadas para as provas desta fase. O resultado deve ser divulgado no dia 31 de janeiro e uma semana depois, em 7 de fevereiro, os estudantes já poderão conferir no mesmo endereço eletrônico o boletim de desempenho, que vai auxiliar no acompanhamento das chamadas posteriores.

Saída
Por medida de segurança, os portões dos locais de provas só foram abertos às 18 horas, quando os candidatos começaram a sair. Candidato ao curso de Letras, Wagner Batista Carvalho Júnior, de 20 anos, considerou o nível das provas satisfatório. “As provas foram bem elaboradas, mas tive dificuldade com a de matemática”, relatou. A mesma opinião teve Gardênia Viana, 18, também candidata a uma vaga no curso de Letras. “Da forma como foi elaborada, a prova de matemática ficou difícil”, disse. A candidata ao curso de Pedagogia, Camila Barros, 17, ponderou que as provas exigiram muita leitura, principalmente de atualidades. Já os amigos Ivan Feitosa Bernozzolli, 16, e Rudiger Teixeira Pfrimer, 16, tiveram dificuldade com a prova de literatura, porque não leram todos os livros indicados.

Professor de gramática, literatura e redação de colégios de ensino médio de Goiânia, Adriano Alves avaliou que a prova de língua portuguesa foi boa, mas ponderou que o estilo mudou. Em concursos anteriores, lembra ele, as provas começavam normalmente com charges, tiras. “Desta vez, optaram por textos longos, cobrando uma maior leitura do candidato”, observou. “Ainda assim, a prova foi bem elaborada, com um nível muito melhor do que o da primeira fase”.

O professor de física Celso Faria de Souza avaliou que a prova foi complicada demais. Ontem fizeram as provas da disciplina os candidatos de cursos da área de biológicas. Hoje serão as específicas para os de Engenharia. “Não havia necessidade de fazerem tudo isso, a partir do momento em que complicaram demais ela perdeu o sentido, porque ficou fora da realidade dos alunos”, analisou. Por outro lado, o professor entende que a prova foi abrangente e contemplou os três grandes ramos da física: térmica, mecânica e eletricidade.

A pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, explicou que a prova de redação foi deixada para hoje, no encerramento da seleção e último dia do Vestibular 2008 da UFG, para distribuir melhor o peso das atividades entre os dois dias. Luciana Freire considerou bastante tranqüilo o primeiro dia da segunda fase. Não foi registrado nenhum incidente. A realização do concurso está envolvendo diretamente 1 mil pessoas, entre professores, fiscais e supervisores de prédios, com apoio das Polícias Federal e Militar.