Goiás: Árábia Saudita brasileira

Jornal Tribuna do Planalto, 07/12/2007

Goiás: Árábia Saudita brasileira

O Centro de Estudos de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG) vem desenvolvendo o programa Biodiesel de Goiás. As pesquisas são comandadas pelo professor Nelson Antoniosi Filho, pós-doutor em Química Analítica pela Universidade Estadual de Campinas.

Ele e seus alunos de graduação e pós-graduação construíram um banco de óleos de animais e peixes e catalogaram mais de 50 oleaginosas, conhecendo a fundo a composição química das mesmas. O professor se dedica ao estudo de combustíveis e óleos vegetais desde a década de 1990 e há dois anos passou a pesquisar também o biodiesel.

O programa em que o professor está envolvido tem como principal objetivo viabilizar a recuperação de áreas devastadas do Cerrado com a plantação de oleaginosas para a produção de biodiesel. "Nosso trabalho foi bem-aceito e divulgado nas discussões nacionais. Pretendemos recuperar áreas degradadas com o cultivo de pequi e baru.

Participamos desse trabalho pela sua vertente ambiental e é uma experiência grande e única", explica ele.

Para Antoniosi, o uso do biodiesel também garante ao consumidor um combustível de alta qualidade. "Não se houve falar em adulteração de diesel porque é muito estável." Ele faz questão de ressaltar o grande potencial que o Estado tem para a fabricação deste biocombustível. "Poderemos ser um dos maiores produtores do Brasil e do mundo deste combustível. O Centro-Oeste tem potencial para ser a Arábia Saudita do biodiesel", acredita.