UFG e os desafios da inclusão social

Jornal Diário da Manhã, 14/12/2007

UFG e os desafios da inclusão social

Por ocasião do aniversário da Universidade Federal de Goiás – comemorado nesta sexta-feira, dia 14 de dezembro, uma questão fundamental se formula na virada do ano: quais os grandes desafios acadêmicos, científicos e administrativos que a UFG enfrentará em 2008?

Certamente, um dos principais desafios se refere à implantação do plano de reestruturação e expansão da UFG. A Comissão de Homologação do Ministério da Educação aprovou, sem ressalvas, o projeto apresentado pela UFG para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo governo federal. Homologado o projeto, a Universidade agora aguarda a liberação de recursos da ordem de R$ 13 milhões para a execução de obras de infra-estrutura física, para a contratação de professores e servidores técnico-administrativos e para o desenvolvimento de projetos de assistência estudantil.

Esses recursos constituem o aporte inicial por parte do governo federal para a viabilização do Reuni-UFG, que prevê a criação de 29 novos cursos e a abertura de 22 novas turmas nos já existentes, além de ampliação de vagas nos atuais cursos de graduação.

Dezenas de universidades federais, cujos projetos de reestruturação e expansão foram aprovados pelo MEC, estão discutindo a possibilidade de se desenvolver ações conjuntas, além das específicas, para a implementação de políticas de ampliação de vagas. O objetivo das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) é estreitar os laços de colaboração política, acadêmica e administrativa nesta fase inicial de planejamento da reestruturação e expansão.

No ano que vem, a UFG estará debruçada sobre esse planejamento estratégico. Estará projetando o seu futuro acadêmico, científico e administrativo. Esse projeto requer a realização de estudos rigorosos sobre as várias etapas do processo de criação e ampliação de vagas na Universidade. Será necessário, pois, calcular e avaliar as obras que serão erguidas para garantir as condições físicas necessárias (salas de aula, laboratórios, auditórios etc.). Isso implica, ainda, dimensionar – com precisão – a quantidade, a qualidade e a especificação técnica dos equipamentos laboratoriais que serão adquiridos.

A UFG abrirá, no próximo ano, vários concursos públicos para a contratação de pessoal. No total, deverão ser contratados cerca de 500 docentes e 300 servidores técnico-administrativos. Esses concursos possibilitam garantir uma expansão com qualidade, tanto na graduação quanto na pós-graduação.

Nos próximos meses, a UFG se ocupará da elaboração de projetos político-pedagógicos dos novos cursos, muitos dos quais inexistentes no Estado de Goiás. As unidades acadêmicas terão, certamente, intenso trabalho para montar uma estrutura pedagógica moderna e adequada às exigências educacionais e profissionais dos respectivos cursos.

Com certeza, o ano que se inicia será um dos mais desafiadores na história da UFG, e ficará marcado como um ano de planejamento estratégico, a partir do qual serão lançadas as bases para uma expansão sustentável da instituição. A UFG, mas do que nunca, está pronta para crescer e, por conseguinte, estruturada para garantir uma maior democratização de acesso à universidade pública.

Aos 47 anos de vida, a UFG segue consolidando a sua função social, por meio da qualificação técnica, ética e cidadã de profissionais das diversas áreas do conhecimento. A Universidade, em 2008, vai ampliar suas ações de inclusão social, fortalecendo ainda mais a sua contribuição ao desenvolvimento regional.


Edward Madureira Brasil
é reitor da Universidade Federal de Goiás