UFG vai ligar para 3,7 mil novos alunos (Jornal Hoje, 29/01/2008)

Wanessa Rodrigues

A Universidade Federal de Goiás (UFG) vai avisar, por meio do telefone, os cerca de 3,7 mil calouros aprovados no vestibular deste ano sobre a vacinação contra a febre amarela. Conforme explica o reitor Edward Madureira, a medida visa atingir alunos de fora, ou seja, cerca de 10% a 15% do total de aprovados. A intenção é iniciar as aulas com toda a comunidade acadêmica que circula pela área totalmente vacinada. A ação faz parte das medidas de combate à doença no Campus 2 da universidade, no Conjunto Itatiaia, em Goiânia, local onde o vigilante Raimundo Pereira Ramos, 64, trabalhava. Ele morreu no dia 30 de dezembro em decorrência da febre amarela.

A medida foi anunciada durante reunião realizada na tarde de ontem no gabinete da SES, junto com representantes da própria secretaria, UFG, Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Ministério da Saúde (MS). A exemplo da visita realizada no último mês de dezembro, os representantes do MS estiveram presente para tomar ciência da situação. Edward diz que, além do alerta aos novos alunos, foi implantado no campus mais um posto de vacinação e, além disso, a reitoria da universidade informar, por meio de mala direta, professores e outros funcionários da instituição sobre o assunto.

Além das medidas adotadas pela UFG, em conjunto com os governos estadual e municipal e MS, a universidade continua o monitoramento dos mosquitos nas áreas do Campus e dos 46 macacos que vivem na região, sendo 40 adultos e 6 filhotes. Diferente do que foi divulgado, o reitor diz que não foi registrado nenhum caso de macaco morto por epizootias (morte do com suspeita de febre amarela) na área da UFG. Edward diz que, nos dois casos de óbito registrados em julho do ano passado, foi confirmado que os primatas estavam com intoxicação alimentar, provavelmente causada por uma feijoada.

Desde sexta-feira, dois técnicos do Instituto Evandro Chagas (IEC) estão em Goiânia para capturar mosquitos na mata que circunda o Campus 2 da UFG. O trabalho está sendo feito em parceria com equipes do Ibama e da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Os insetos capturados serão examinados no IEC, para verificar se estão contaminados com o vírus da febre amarela.