(UFG) Maternidade é fechada por falta de estrutura

Maternidade é fechada por falta de estrutura (Jornal Hoje, 07/03/2008)

Renato Rodrigues

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou ontem a reforma da Maternidade Dona Íris, na Vila Redenção, Região Sul da capital. A impossibilidade de cumprimento de um acordo que previa a municipalização da unidade, que é vinculada à rede estadual de saúde e que iria transferir a gestão para o município de Goiânia, por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), irá paralisar o atendimento no local por um ano. Tanto a universidade quanto a Prefeitura alegaram falta de recursos suficientes para assumir os investimentos necessários para a reforma e ampliação da maternidade, que será transformada em um Centro de Atenção à Mulher. Na última sexta-feira, 29, o HOJE mostrou com exclusividade a situação precária em que trabalham os funcionários da maternidade.

Durante 30 dias, os pacientes que já estão com atendimento agendado no hospital serão encaminhados para outras unidades de saúde das redes municipal e estadual. Os servidores da maternidade serão remanejados para o Hospital Geral de Goiânia (HGG), onde serão feitos os procedimentos como parto e casos de média complexidade. O HGG passará a atender também casos de maior gravidade anteriormente atendidos no Hospital Materno-Infantil (HMI).

A licitação para a contratação da empresa que irá fazer a reforma estrutural na Maternidade Dona Íris será aberta ainda este mês e a Secretaria Estadual da Saúde já possui o projeto da obra pronto. Estão previstos R$ 1,6 milhão em recursos do tesouro estadual para concluir a reparação do prédio construído em 1969. O novo Centro de Atenção à Mulher passará a assumir casos de média e grave complexidade e de acordo com a diretora técnica da unidade, Eliane da Silva, deverá se tornar um hospital de referência no atendimento à mulher em Goiás.


O secretário estadual da Saúde, Cairo de Freitas, disse que os serviços do hospital, que até ontem atendia a 28 pacientes internados, não será prejudicado. Por mês, a maternidade realiza cerca de 120 partos e atende mil pacientes em serviços de emergência. “Nenhuma paciente vai ficar desassistida”, ressaltou o secretário. Ele explicou ainda que no HGG será implantada uma ala chamada “Ala Dona Íris” para dar suporte à demanda de pacientes vindos do Hospital Materno-Infantil, com equipe formada somente por servidores remanejados devido à reforma. “O HGG será a retaguarda do Materno-Infantil e atenderá pacientes que necessitam de procedimentos como curetagem e que antes eram atendidos na Maternidade Dona Íris”, completou.