Medicina da UFG fica entre as 6 melhores
Medicina da UFG fica entre as 6 melhores (Jornal Hoje, 01/05/2008)
Liana Aguiar
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) está entre as seis melhores do País. O curso obteve nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), cujos resultados foram divulgados na terça-feira. Ao lado da UFG, obtiveram nota máxima nos dois indicadores os cursos das universidades federais do Rio Grande do Sul, de Santa Maria, do Piauí, de Mato Grosso e Ciências da Saúde de Porto Alegre. Dos 103 cursos analisados, 17 tiveram baixo desempenho e serão supervisionados pelo Ministério da Educação (MEC). Ontem o diretor e os alunos comemoraram a boa notícia.
Criada há 48 anos, a Faculdade de Medicina da UFG é uma das mais tradicionais do Estado. Segundo o diretor Heitor Rosa, a instituição atingiu o objetivo de oferecer um curso de alta qualidade. Ele destaca como pontos favoráveis da faculdade a permanente capacitação didático-pedagógica dos professores e a reestruturação da grade curricular do curso. “É um currículo que atende aos anseios do MEC e do Ministério da Saúde, no qual o aluno tem conhecimento muito mais profissional da realidade sanitária do seu povo”, comenta o diretor.
Desde o primeiro ano, os estudantes têm contato com comunidades de saúde. Participam do Programa Saúde da Família (PSF) e realizam atividades nos Cais. Cristienne Silva e Souza, 23, aluna do 2º ano de Medicina, já integra a Liga de Cirurgia Plástica e está orgulhosa do bom desempenho dos colegas.
A universitária lembra que por dois anos e meio tentou ingressar na UFG. Segundo Cristienne, o resultado do Enade valoriza os estudantes de Goiás. Independentemente da especialidade que escolher, ela espera que, como médica, possa dar sua contribuição social. “Apesar de parecer idealismo, todo médico tem a missão de salvar vidas, de melhorar as condições de vida das pessoas. Temos de investir cada vez mais na prevenção”, observa.
Heitor Rosa ressalta que merecem respeito as escolas tradicionais de Medicina que tiveram baixo desempenho, como a Universidade Federal da Bahia (UFBA), fundada em 1808, que obteve nota 2 no Enade. “Creio que seja apenas um momento. Eles devem fazer uma adequação para atender o que o MEC exige.”
O diretor conta também que o curso da UFG, mais do ensino médico, oferece educação médica, que é oferecer uma formação cultural aos estudantes. Segundo ele, apesar do excelente desempenho, a faculdade ainda precisa levar adiante a construção do novo prédio do Hospital das Clínicas (HC). A obra, que terá 18 andares, já foi iniciada e deve fazer a UFG entrar na era dos transplantes. O prédio da faculdade, no Setor Universitário, também precisa passar por uma expansão, diz o diretor.
As outras duas faculdades de Medicina de Goiás, na Universidade Católica de Goiás e UniEvangélica, não foram avaliadas no Enade, porque ainda não tiveram formandos.