Candidatos a vice mostram que vaga é mais que enfeite

Candidatos a vice mostram que vaga é mais que enfeite (Diário da Manhã, 18/08/2008)

Da Redação 

Quando o eleitor estiver em frente à urna eletrônica no dia 5 de outubro, não vai somente escolher quem comandará o município e os representantes do povo na Casa Legislativa pelos próximos quatro anos. Cada candidato a prefeito apresenta um vice que deve assumir o cargo em caso de falha ou ausência do eventual eleito. Em Goiânia, quatro nomes disputam a segunda cadeira mais importante do Executivo municipal: Paulo Garcia (PT) compõe com o atual prefeito Iris Rezende (PMDB); Guilherme de Freitas (PTN), com Sandes Júnior (PP); Robson de Morais (PCB) é candidato com Martiniano Cavalcante (PSol), e Jacqueline Vieira (PV), vice do prefeitável Gilvane Felipe (PPS).

Os quatro são naturais de Goiânia. Três deles são professores universitários. Paulo Garcia é médico, especializado em neurocirurgia. Além disso, o petista leciona Medicina na Universidade Federal de Goiás (UFG). A Educação também é a área de atuação de Jacqueline Vieira. Ela é psicopedagoga e atua na Faculdades Montes Belos, em São Luís de Montes Belos. Completando o time de educadores, Robson de Morais é professor de Geopolítica na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Guilherme de Freitas é arquiteto-urbanista, e se define como um “estudante que aprende a ler cidades”.

Paulo Garcia diz que não pensa na possibilidade de Iris se retirar da prefeitura, caso eleito, para disputar o governo estadual em 2010. O petista afirma que se dedica a convencer os eleitores que a coligação “Goiânia em Primeiro Lugar” é a melhor resposta para os anseios da Capital. “O meu partido muito me honrou com essa delegação. Sabemos que toda eleição é um processo muito difícil, mas trabalho para mostrar ao eleitor o que já foi feito por Goiânia e o que ainda podemos fazer.”

Experiência
Ligado ao PSDB, inclusive assumiu o comando da SMT durante a administração do tucano Nion Albernaz, Guilherme de Freitas aparece como trunfo na candidatura de Sandes. Com experiência no trânsito da Capital, Guilherme pode atuar como especialista no que se tornou o grande mote da campanha pepista: o metrô de Goiânia. “Quero intervir na cidade de uma forma efetiva, como tive oportunidade de fazer durante o governo Nion. Assim como meu avô, Venerano de Freitas (primeiro prefeito da Capital), pôde fazer.”

Vice na chapa do PSol, Robson, como professor de Geopolítica, quer levar a teoria para a prática em Goiânia. Ele explica que a “Frente de Esquerda” surgiu para ocupar um espaço vazio com a aliança do PT e do PCdoB com Iris. “Nossa candidatura pretende apresentar uma alternativa para os goianienses que não se identificam com a velha política”, diz.

Jacqueline é a única mulher candidata nas majoritárias. Pretende representar as mulheres, minoria no mundo político. Em pé de igualdade na coligação com Gilvane Felipe, Jacqueline diz que todas as propostas são discutidas à exaustão entre os candidatos. “Eu, como vice, não sou aquela vice que só faz pose ao lado do candidato. Na verdade, sou um parceiro, a que traz as idéias e um apoio real.”