Convênio visa preservação

Convênio visa preservação (Jornal Hoje, 26/09/2008)

Mário Dáud

O governo do Estado assinou acordo de Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) com ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que esteve ontem no Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia. O documento é um indicativo das áreas ocupadas e preservadas. O resultado prático do acordo leva em conta estudos da Embrapa, Ministério Público, IBGE, universidades, governo do Estado e Ministério do Meio Ambiente para mapear as zonas que precisam ser protegidas, “até porque a recuperação das áreas degradadas e intensificação da produção nessas regiões é uma forma de proteger biomas como Cerrado e Pantanal”, detalha o ministro.

“Com o governo estadual foi assinado o zoneamento econômico ecológico para que Goiás saiba o que fazer, onde fazer e como fazer para que o Estado desenvolva, mas preserve o meio ambiente com regras bem claras”. O ministro citou ainda a necessidade de trabalho em conjunto para que sejam criadas novas unidades de conservação na ordem de seis milhões de hectares, extensão esta que será necessária para impedir ameaça às espécies de fauna e flora, as quais correm risco de extinção.

Na manhã de ontem o ministro Carlos Minc também esteve na Universidade Federal de Goiás (UFG) e assinou – juntamente com a Prefeitura de Goiânia – termo de cooperação na área de resíduo, para apoiar cooperativas de catadores, além de monitoramento do cerrado para melhorar a defesa do bioma.

Um levantamento feito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta que em 2003 e 2007, o cerrado perdeu 18 mil km² de área nativa protegida. Minc lembra ainda que o Brasil assumiu meta internacional de proteger, no mínimo, 10% do cerrado em áreas protegidas.

Na busca de atingir a meta de preservação, foram selecionados seis parques ambientais, sendo que um deles é a Chapada dos Veadeiros, que irá receber R$ 4,6 milhões para se integrar ao esquema forte de criação de emprego sem poluição. “Nós também reservamos mais de R$ 40 milhões de compensação ambiental para investir na consolidação do monitoramento dos parques estaduais e federais do Cerrado”, diz Minc.