Entidades e empresas comemoram novidade

Entidades e empresas comemoram novidade (O Popular, 22/10/2008)

Patrícia Drummond

Entidades de classe, empresas de captação de mão de obra e instituições que intermediam estágios comemoram a abertura dos novos cursos propostos pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Entre as fontes ouvidas pelo POPULAR é unanimidade: há demanda de mercado para atender os futuros profissionais.

Sayonara de Castro Broderhood, diretora de recursos humanos do Grupo Empreza, que seleciona mão de obra especializada, salienta que o mercado está altamente sensível a profissionais de engenharia, especialmente a civil. E, para surpresa de muitos, não apenas para o setor de construção.

Ela explica que são profissionais habilitados ao planejamento, com raciocínio lógico, aptos a lidar com planilhas, fluxos, controle e, portanto gerenciar. “E é nas gerências onde engenheiros civis também estão sendo bastante usados, mesmo fora da construção”, destaca.

“Na área da Engenharia, boa parte dos novos cursos oferecidos não existiam no Estado; alguns deles, apenas em instituições particulares. Vemos com muito bons olhos e apoiamos a UFG no que for necessário para a qualificação dos estudantes goianos que optarem por essas graduações”, afirma o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Goiás (Crea-GO), Francisco Antônio Silva de Almeida.

A entidade representa os profissionais a serem formados em 10 dos 30 novos cursos abertos pela Federal. No câmpus de Goiânia, Engenharia da Computação em período noturno; Engenharia Ambiental; Bacharelado em Engenharia de Software; Engenharia Florestal; Engenharia Mecânica; Engenharia Química; Ciências Geoambientais; e Arquitetura e Urbanismo; no câmpus de Jataí, Engenharia Florestal; e, no câmpus de Catalão, Geografia.

De acordo com Francisco Almeida, a maioria dos profissionais contratados para trabalhar no Estado em áreas como Engenharia Ambiental, Florestal, Química, Mecânica e de Softwares são oriundos de outros unidades da Federação – principalmente São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro ou Sul do País – pela falta de engenheiros formados aqui com essas habilitações para atender toda a demanda do mercado.

Ele destaca que a implantação de um curso de Engenharia Mecânica na UFG já havia sido solicitado pela entidade e que Goiás só dispunha de dois cursos de Arquitetura e Urbanismo – apenas um deles gratuito, a despeito de carência de urbanistas no interior.