Opinião do Leitor (Diário da Manhã, 11/11/2008)
Opinião do Leitor (Diário da Manhã, 11/11/2008)
Da Redação
Bolsa Étnica
Qual sua opinião sobre o sistema de cotas nas universidades?
u Este tema, além de ser bastante interessante, é também muito polêmico. Foi dito que no Brasil não se sabe quem é negro ou quem é branco. Isto não é uma verdade, pois na hora de segregar ou discriminar alguém, sabe-se sim quem é negro e quem não é. A lei de cotas se tornaria, sim, mais justa se fosse trabalhada em torno dos alunos das escolas públicas. Mas como isso ainda não acontece, o sistema de cotas não é a melhor saída, mas é a única que se tem.
Alberto Tahan
u Não gosto da idéia para casos étnicos. Defendo escola pública de qualidade, com condições de competitividade. Talvez seja interessante cota
social, mas ainda assim tenho resistência ao mecanismo de cotas.
Alexandra Machado Costa
u Sou contra, o sistema de cotas apenas atesta o preconceito que existe em nosso País! Fora que os usuários deste sistema são rotulados indiretamente como incapazes, e que não têm uma educação capaz de brigar pela vaga com os outros candidatos. Nossa política de cotas está mais pra política de preconceito.
Phillipe Marques
u Sou favorável a que existam cotas para alunos da escola pública. É injusto que uma elite, que tenha acesso ao ensino pago, também leve vantagem e fique com todas as vagas do ensino superior público, que, por sua vez, é custeado por toda a população, em maior proporção pelos assalariados, que sempre pagam mais impostos. Mas filho do rico, que estudou em escola particular, também deve ter acesso ao ensino superior de qualidade (e gratuito); porém não havendo vagas para todos, estes devem disputar com candidatos oriundos desta mesma elite intelectual, que também tiveram acesso às escolas particulares. A proporção das cotas deveria ser definida após o fechamento das inscrições, sendo que as cotas seriam distribuídas em proporção exata ao número de inscritos. Se 90% dos inscritos vierem da escola pública e 10% da particular, as cotas assim deveriam ser definidas. Se a proporção de candidatos se inverter, as cotas também devem se inverter. Com relação às cotas raciais, eu não vejo com bons olhos, pois no Brasil o desnível é entre classes sociais e não entre etnias, como em outros países.
Marcos Dollis
Brasileirão 2008
Enquete do DM Online perguntou: Você acha que a má fase do Goiás voltou?
u Enquanto o Goiás tiver com essa “boleirada” lá, não vai chegar a lugar nenhum.
Silvio Criciúma
u Se depender da torcida ir ao Serra, o time vai pra Série D.
Paulo Henrique
u A cada dia que passa, perco o interesse pelo futebol. Depois perguntam por que a torcida do Goiás sumiu do Serra Dourada.
Jonathan Almeida
u Uma pena! O time esmeraldino tem tudo pra fazer bonito.
Diogo do Vale
Retorno de Luís Carlos
u É com satisfação que externo meus cumprimentos a Batista Custódio (editor-geral do DM) e a toda família do Diário da Manhã pelo retorno do profissional Luís Carlos, que voltou com sua coluna Evidência aos sábados. Desejo sucesso ao nobre colunista pela nova etapa que se inicia.
Carlos Gáudio Fleury de Souza, via e-mail
u Cumprimento Batista Custódio por trazer de volta às páginas desse importante veículo de comunicação do Estado o jornalista Luís Carlos de Moraes Rodrigues. Esse profissional é um ícone do colunismo social e seu trabalho à frente da coluna Evidência reforçará a credibilidade do Diário da Manhã junto ao seu universo de leitores. Luís Carlos é um profissional altamente capacitado e seu retorno ao mesmo espaço onde brilhou por vários anos é a garantia de que o Diário da Manhã tem em seus quadros um dos mais respeitados colunistas sociais do País.
Norton Luiz Ferreira, via e-mail
Faltou segurança
Chegando ao IEG, quase de frente ao local onde iria fazer a prova do Enade, exatamente às 12h30, tive minha moto roubada por dois sujeitos armados. O problema é que no local não havia nenhuma viatura da polícia, mesmo com o grande número de pessoas previsto para passar por ali naquela hora. Fui fazer uma prova para ajudar o governo a avaliar as instituições de ensino e acabei prejudicado pela segurança que não foi oferecida no local. Espero que, da próxima vez, tenham aprendido a distribuir estrategicamente o policiamento em locais de eventos como este. Uma viatura na porta da IEG é o mínimo que deveriam ter feito. (Dezenove mil goianos fazem provas do Enade, Cidades - 10/11/08)
Helleno Carrijo, via DM Online
Artigos
Aos consumidores
O artigo do superintendente do Inmetro/Surgo, Wilibaldo de Sousa Júnior, é muito esclarecedor. O consumismo é um fenômeno dinâmico, pois há cerca de dois anos o Procon/GO recomendava ao consumidor: antes de comprar algum produto ou serviço, faça uma pesquisa e escolha o mais barato. Hoje a recomendação é outra: pesquise e escolha o de melhor qualidade. O ideal seria a melhor qualidade e o menor preço agregados. Caso isso não seja possível, não tenha dúvida, escolha sempre os produtos e serviços de melhor qualidade. Agora, o adágio “o barato sai caro” começa a fazer sentido aos consumidores brasileiros, visto que seu poder de compra aumentou bastante nos últimos anos. O autor, ao comentar e explicar o que é certificação e normalização aos consumidores, contribuiu para a formação de uma educação para o consumo adequado, que é um direito básico do consumidor brasileiro, previsto no art. 6, inciso II, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Parabéns ao autor do artigo e ao jornal por publicar este significativo texto informativo aos consumidores. (Certificação ISO 9000 se constitui em uma
excelente estratégia competitiva nas organizações,
Opinião - 10/11/08)
Antônio Carlos de Lima, superintendente do Procon/GO, via e-mail
Rômulo Gonçalves, herói da liberdade
Ao ler o artigo de Valterli Guedes, sobre o Dr. Rômulo Gonçalves, falecido no último fim de semana, comecei a recordar a época da ditadura (que os idiotas teimam em chamar de revolução). E de Rômulo. Tenho dito em todas as entrevistas que dou que a figura mais importante do meio advocatício do Brasil, repito, do Brasil, nos terríveis anos da ditadura foi Rômulo Gonçalves. Ele enfrentou a tudo e a todos aqui em Goiás, em Juiz de Fora (auditoria militar), Rio de Janeiro (STM) e Brasília, quando alcançou um feito inédito conseguindo que o Supremo passasse a julgar recursos de processos julgados pelo STM e com base na Lei de Segurança, permitindo a absolvição de centenas de pessoas vítimas do Tribunal Militar conivente com o regime de exceção.
Rômulo era puro,
filósofo, jurista, mas essencialmente advogado, o melhor que conheci em toda a minha vida.
Faço coro com Valterli. A OAB (de Goiás e do Brasil) deveria se pronunciar com o falecimento do seu ilustre associado, a Assembléia Legislativa, a Câmara Municipal, a Câmara Federal, o Senado. Porque Rômulo fez história. Aliás, chego a dizer que foi talvez um dos personagens mais brilhantes da luta contra a ditadura militar em 1964.
Parabéns pelo artigo. (Opinião - 06/11/08)
Fernando Cunha, via e-mail
Exemplo de gestores
Exceções como as gestões de Hélio Seixo e de Alcides Rodrigues deveriam ser a regra. Neste aspecto, creio que a mentalidade do povo brasileiro já está mudando e espero que a gestão responsável e proba seja algo que, embora por força da Lei Complementar 101/2000 (LRF) seja cobrada de nossos gestores, possa tornar-se um fator culturalmente aceito. A constatação de que um país necessita transformar em lei valores dantes apreciados numa gestão pública como sinais de ilibada conduta denuncia um efeito colateral da democracia que pluraliza as vontades humanas, sintoma este já verificado na prolixidade da nossa Constituição Federal à vista dos aparatos jurídicos de outras nações mais conscientes. Gestores como os enfocados neste artigo devem ser exemplo de que não servem à comunidade aqueles que só chegam ao cargo tendo os programas políticos por pretexto e a pirotecnia da politicagem que deixa a conta das festas para os honestos pagarem, mas que – como Hélio e Alcides – primam pela seriedade na busca de atender as necessidades do povo goiano porque são parte dele. Parabéns ao articulista pela felicíssima abordagem! (O dia da história, Opinião - 10/11/08)
Mário Márcio Barros da Silva,
via DM Online
Importante reflexão
Interessantíssimos os questionamentos de André Marques. Acredito eu (mesmo leiga no assunto) que está mais que defasada a formação destes importantes profissionais, e que são artigos como estes que nos fazem repensar sobre a importância do assunto! (Senso
comum e o raciocínio do juiz, Opinião - 07/11/08)
Christina Rodrigues,
via DM Online
Política & Justiça
Candidatos despreparados
A política tem se tornado motivo de piada. Fico impressionada, pois, para se candidatar, a pessoa não precisa praticamente ter instrução alguma. Os pré-requisitos para ser candidato deveriam no mínimo envolver um curso específico na área da política, de administração, ter lideranças nos bairros e comunidades, e saber realmente as necessidades do povo. Assim, com certeza diminuiria o número de candidatos e as corrupções também.
Edione Maria da Silva Ramos, via e-mail
Abaixo a lei seca nos estádios
Sou torcedor do dragão, sempre tive aliada à minha presença nos estádios a oportunidade de rever amigos e tomar uma cervejinha enquanto assisto à partida de futebol. Com o advento da lei seca nos estádios, achei por bem, e em represália à referida lei, não ir mais aos estádios enquanto ela vigorar. Quero de volta a alegria nos estádios. Os que causam confusão nos estádios já entram com essa intenção e, na maioria das vezes, drogados. Isso foi comprovado nas últimas confusões criadas nos jogos do Goiás e do Vila Nova. Não havia cerveja no Serra Dourada e a polícia teve muitos problemas com os pseudotorcedores.
Wagner Rodrigues da Silva, via e-mail
Polêmica na UEG
Sobre as eleições da UEG, três cartas foram enviadas ao DM e publicadas no Opinião do Leitor (Coronelismo na UEG - 03/11/08, Choro de derrotado - 08/11/08 e Eleições duvidosas - 09/11/08). Uns defendem a legitimidade da vitória do professor Luiz Antônio, outros garantem que houve votos de cabresto. O que todos os professores e alunos da instituição querem saber é o que realmente aconteceu. Abaixo, mais uma carta de um professor preocupado com a situação.
As Unidades de Anápolis e Goiânia (UnUCET, UnUCSEH e Esefego) são as unidades que concentram a maior parte dos professores concursados e com maior titulação (mestres e doutores) e foram nestas unidades que o prof. Olacir venceu.
Há evidências sim de voto de cabresto. Há unidades em que o atual reitor obteve 100% dos votos, não havendo nenhum voto para os demais candidatos, o que é estatisticamente um absurdo. Cabe aqui um desafio: que um repórter deste jornal faça uma reportagem investigativa que realmente mostre o que aconteceu durante a campanha e no dia da votação para reitor nas unidades da UEG.
Wilson Sueoka, professor da UEG, via e-mail
ENQUETE DO DIA - “Freira desafia Papa e distribui preservativo”
No último século, a humanidade evoluiu significativamente em relação às condições de vida. Muito disso se deve ao planejamento familiar, que tem como principais aliados os anticoncepcionais e as camisinhas. Mas o Vaticano tem posição contrária ao uso dos métodos contraceptivos. Diante desse quadro, entidades ligadas à Igreja Católica desafiam o Vaticano e orientam o uso do preservativo. Em Goiânia, a irmã Margaret é a responsável pela distribuição das camisinhas. Qual sua opinião sobre a posição da Igreja Católica em relação ao uso de preservativos?
Não concordo com a posição da Igreja. Vivemos em uma sociedade livre e a camisinha é uma grande aliada da nossa tranqüilidade.
Júlio César Faria, estudante
Acho correto o uso da camisinha. Assim, as mocinhas vão evitar constrangimentos e gravidez indesejáveis.
Roberto Filho, administrador
Essa posição é absurda. É um retrocesso negar a utilidade da camisinha em nossas vidas. O mundo evoluiu e continuará evoluindo. A Igreja precisa evoluir também.
Yuri Lopes, jornalista
Sou totalmente contra. A camisinha, além de prevenir doenças, evita gravidez fora de hora.
João Paulo Hestulano, estudante