Física e Química: as mais temidas na 1ª fase da UFG

Física e Química: as mais temidas na 1ª fase da UFG (O Popular, 24/11/2008)

Para alunos, nível da prova foi médio. Já professores entendem que questões foram bem elaboradas

Almiro Marcos

As provas de física e química foram as que mais assustaram os estudantes na 1ª fase do vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG), realizado ontem em Goiânia e no interior. De maneira geral, os candidatos consideraram as provas de nível mediano. Já professores destacaram que as questões foram bem elaboradas e que a UFG cumpriu em parte a proposta de fazer a interdisciplinaridade entre matérias. Para eles, a prova exigiu muita interpretação.

Mesmo estudantes que fizeram vestibular para cursos na área de exatas consideraram que a prova de física foi difícil. É o caso de Janiquele Alves, de 18 anos, e Olania Alves, de 19, que tentam vaga no curso de Matemática. “Foi uma prova complexa, para mim foi a mais difícil mesmo”, disse Janiquele. Michael Tiago Pereira, de 19, vestibulando de Engenharia Mecânica, também considerou a prova complicada. “Ela exigiu bastante”, resumiu.

Para o professor de Física Léo Marengão, do Colégio Classe, a prova não pode ser considerada difícil, mas bem elaborada. “Foi uma prova adequada para os alunos de ensino médio. Ela foi bem feita e melhorou em relação à do ano passado. Foi também uma prova com um bom nível de interdisciplinaridade e exigiu interpretação”, disse.

Outra prova que esteve na ponta da língua dos alunos entre as mais difíceis foi a de química. Ao lado da de física, ela foi unanimidade entre os vestibulandos Luiz Eduardo de Oliveira Belchior, de 17 anos (Engenharia Ambiental), Willian Cândido Arrais, de 18 (Engenharia da Computação), e Jamille Braga Malvino, de 17 (Engenharia Química).

O professor de química Heitor Godinho concorda que o nível foi alto. “Foi uma prova abrangente, com questões de química geral, físico-química e química orgânica. Ela exigiu bastante atenção. Eu diria que foi uma prova bem seletiva. Um aluno para acertar as 10 questões de química tem de ser muito bom”, disse.

A matemática, que normalmente assusta muita gente, dessa vez não esteve entre as mais temidas. “Foi uma prova de nível médio que exigiu mais interpretação. Foi bem lógica”, disse Gustavo Teixeira, de 22 anos, vestibulando de Engenharia de Software.

As provas consideradas mais fáceis foram de língua portuguesa, espanhol e geografia. “Foi bastante interpretação. Português e espanhol, por exemplo, praticamente não caiu gramática”, disse Larissa Silva, de 16 anos, que fez vestibular para Química. O professor de Espanhol Eduardo Lobos considerou que a prova foi bem elaborada e que exigiu conhecimento da língua. “Não foi uma prova para um aluno iniciante e sim que já conhece bem o espanhol”, disse.