Ro t e i r o

Ro t e i r o (Diário da Manhã, 04/12/2008)


Raphael Silveira
da Editoria do DMRevista

Apresentar o atual panorama das artes plásticas e visuais em Goiás, sem cair no discurso regionalista e privilegiando a estética contemporânea. Esta é a proposta do Mercado de Artes, cuja 12ª edição começa hoje e vai até 20 de dezembro, na Galeria da Escola de Artes Visuais da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), no Centro Cultural Octo Marques, que fica no edifício Parthenon Center, Centro. A entrada é franca.
A programação desta edição, a quarta somente este ano (as outras foram apresentadas no Fica, no Festival de Artes do Cefet, e no Festival Canto da Primavera), terá atrações diversificadas, como a Mostra Expositiva de Artes Visuais, oficinas de arte, mostra de vídeo, shows musicais e o Bazar do Mercado. Quem anima a noite de inauguração é a cantora Mila Tuli, com show de voz e violão focado na MPB.
Na Mostra Expositiva, serão expostos trabalhos inéditos de cerca de 40 artistas goianos, entre eles Antônio Poteiro, Kátia Jacarandá, Juliano de Moraes, Léo Pincel, Liah, Nonato Coelho, Pablo De La Cruz, Rogério Milani, Rossana Jardim, Telma Alves, Yannic e Yara Pin. Entre as obras, há desenhos, pinturas, gravuras, performances, esculturas e fotografias.
Paralelamente à Mostra Expositiva de Artes Visuais, será instalado o Bazar do Mercado, no qual serão comercializados trabalhos feitos por alunos dos cursos de Design de Moda e Design de Interiores da Universidade Federal de Goiás (UFG), confeccionados exclusivamente para o Mercado de Artes.
Apesar da diversidade, os trabalhos têm como característica comum a perspectiva de originalidade do artista em compor o design e as formas de artesanato em objetos distintos, como cerâmica, porcelana e tecelagem.

necessidade
O Projeto Mercado de Artes, inaugurado em 2005, surgiu da necessidade identificada por artistas goianos de se criar novos espaços para mostras e apresentações artísticas com temáticas voltadas à estética contemporânea, promovendo maior interatividade na relação artista-público.
Surgido inicialmente em Goiânia, rapidamente as ações foram direcionadas para o interior do Estado, de modo a servir de plataforma de divulgação para os artistas regionais. Nessa perspectiva, o Mercado de Artes foi estendido para as cidades de Pirenópolis e Goiás.
Para Maria Tereza Gomes, diretora da Escola de Artes Visuais da Agepel e organizadora do Mercado de Artes, o principal mérito é promover a inclusão social por meio da arte, ao divulgar obras de artistas iniciantes e também do interior de Goiás. “A única regra do Mercado de Artes é a liberdade estética do artista, direcionada para as temáticas contemporâneas”, define.
Maria Tereza Gomes, que também terá obras em exposição, diz que os artistas interessados em expor obras no Mercado de Artes podem levar, a qualquer momento, seus trabalhos até o local. “A programação é aberta a todos os artistas goianos, de todas as áreas. Pintores, músicos e grupos de teatro podem comparecer ao local para apresentar, ali, seus trabalhos, de forma espontânea”, convida.