Cotas levam 2 mil à 2ª fase da UFG

Cotas levam 2 mil à 2ª fase da UFG (O Popular, 07/12/2008)

Maioria dos aprovados pelo programa UFG inclui, 1.673, estudou em escolas públicas

Patrícia Drummond e Almiro Marcos

Dos 13.101 candidatos classificados para a segunda etapa do vestibular 2009/1 da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2.062 foram convocados adicionalmente pelo Programa UFG Inclui, que define o sistema de cotas da instituição. A UFG não divulgou o ponto de corte das cotas por considerar o momento inadequado. Porém O POPULAR conversou com aprovados para a segunda fase que optaram pelo UFG Inclui e que tiveram nota abaixo da mais baixa entre os aprovados no sistema universal (leia no box).

Do total de vestibulandos que vão à segunda fase por meio das cotas, 1.673 vieram da escola pública; 359 são negros, também oriundos de escola pública; 15 são indígenas; e 15 são quilombolas. Os números foram informados pela pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves. “Estamos cumprindo a nossa meta de promover a inclusão desses alunos na Universidade”, diz. “É impulso real que estamos dando a esses estudantes, que, agora, ganham uma possibilidade concreta de disputar uma vaga na segunda etapa do vestibular da UFG”, acrescenta.

Entre os 11.039 classificados pelo sistema universal, há 3.897 pardos; 697 pretos; e 24 indígenas. Os amarelos somam 567 e, os brancos, 5.855. Todos esses candidatos tiveram nota acima do ponto de corte dos cursos escolhidos, o que significa que não foi utilizada, na classificação, a prerrogativa do programa de inclusão da Universidade.

Para os indígenas e para os quilombolas que concorrem na segunda etapa do vestibular, também existem critérios específicos estabelecidos pelo UFG Inclui. Caso eles obtenham o desempenho previsto em edital – no mínimo nota 6 em Redação e não zerar no caderno de provas –, será criada uma vaga adicional em cada curso onde houver demanda. E são as mais diversas as graduações escolhidas por esses candidatos – desde Design de Moda e Agronomia até Direito e Medicina, por exemplo.

Pontuação
Segundo Sandramara, a diferença da pontuação obtida pelos convocados adicionalmente por meio do Programa UFG Inclui em relação à nota de corte não foi tão grande. “Mesmo entre aqueles cursos mais concorridos”, assegura, referindo-se a graduações como Medicina, Engenharia e Direito, entre outras.

A pró-reitora de Graduação prefere, no entanto, não revelar números nesse aspecto, segundo ela, com o intuito de preservar os candidatos cotistas. O curso com o maior ponto de corte foi Medicina (67.4), seguido de Engenharia Civil (56.9) e Direito oferecido na cidade de Goiânia no período matutino (56.3).

Por meio da assessoria de comunicação social, a UFG informou que, em no me da tranqüilidade do processo, não vai discutir, no momento, as diferenças de ponto de corte entre o sistema universal e o UFG Inclui. A justificativa é de que o momento é delicado por se tratar da transição da primeira para a segunda fase.