Opinião do Leitor
Opinião do Leitor (Diário da Manhã, 30/01/09)
O autor desse artigo faz duras críticas a nossa querida cidade, enumerando diversas cenas de um filme cotidiano catastrófico que transforma Goiânia num palco onde o racismo, a homofobia e a carnificina gerada pelas mortes no trânsito são os elementos compósitos de nossas vidas. O autor ainda se mostra vítima desse sistema injusto e que agride sua intelectualidade destoante das relações sociais e culturais do homem “inculto” goianiense. O texto é hilário, com frases como “Goiânia está longe dos padrões aceitáveis da civilização ocidental.” O que mais me assusta é saber que tal indivíduo tem formação em História pela Universidade Federal de Goiás. Somente quero lembrar que foram exatamente os absurdos gerados pelos puros padrões civilizacionais do Ocidente que trouxe para nós, carregados de preconceitos, e que se digladiam entre as diversas culturas. O autor ainda propõe aos puros intelectuais, portadores da cultura “exímia” do Ocidente, que se voltem para o espaço privado, local onde a “inteligência” suprema de tais mentes possam repousar e sobreviverem longe da “incultura” goianiense. Típico texto onde a ignorância prevalece sobre a diversidade, o respeito pela pluralidade cultural que forma nossa própria identidade e que faz de Goiânia um espaço rico para todos expressarem seu modo de vida, pois é no conflito da diferença que se busca a harmonia. Sou goiano do pé rachado, e não me importo com “os padrões puros do Ocidente” para ser civilizado. Ser cidadão goianiense é ser parte de nossa própria cultura, rica e simples.
Fabrício Dias G. Di Mesquita,
via e-mail
Alô, SMT!
Quando é que a SMT vai sinalizar a Avenida Parque Ateneu, que contorna o lado norte do Parque Carmo Bernardes? Recém-construída naquele trecho, a partir do minifórum, o leito da avenida, por onde circulam centenas de estudantes e praticantes de cooper, virou pista de corrida de carros e motos, onde irresponsáveis dirigem a mais de 100 km por hora, pois não existe sinalização de trânsito.
Benevides de Almeida, via e-mail
Educando o trânsito
Fórum do DM Online perguntou: Com uso de radares, Goiânia inicia uma nova etapa de “indústria das multas”?
u Sim. Os agentes de trânsito seriam muito mais úteis e realmente trabalhariam, pegando infrações que um radar não pega, como conversão em local proibido, pessoas andando lentamente na faixa da esquerda, estacionamentos proibidos, e inúmeros outros vícios que nossos conterrâneos insistem em cultivar. A presença física do agente de trânsito não serve somente para autuar os infratores, mas também para orientar pessoas com dificuldade, ajudar os visitantes e até para coibir atitudes comuns a mais de 90% dos motoristas, como parar em fila dupla. Mas ao invés disso, colocam radares.
Marcos Dollis
u Não. Em Goiânia não se multa 20% do que deveria. É a capital dos “rodas duras” e da falta de respeito ao trânsito. Não há que se falar em indústria de multas, é o condutor que não respeita que gosta de pagar multas. Sou habilitado há mais de 20 anos e nunca recebi uma multa que não tivesse completamente errado.
Walter Vieira
u Não. Considerando que o condutor não tá nem aí para a educação mais básica, que é o próprio respeito para com o outro, infelizmente deve-se apelar ao radar, já que alguns condutores, por estarem atrás do volante, pensam que são os donos do mundo e ai daqueles que atravessarem na frente deles. Desta forma, só aprendem quando mexem com a parte mais sensível do corpo, que é o bolso.
Paulo Sérgio da Cunha
u Não. Diante da indagação formulada neste fórum, devo garantir, sem qualquer temor, não estar sendo iniciada uma nova etapa de “indústria das multas”. Acontece que, pelo que conheço da personalidade do atual dirigente do órgão máximo de trânsito municipal goianiense, dr. Miguel Tiago da Silva, a intenção não é a de aplicar multas, mas sim, disciplinar o trânsito, proporcionando uma maior segurança aos transeuntes das ruas e avenidas de nossa Capital. Esta minha afirmativa está devidamente comprovada, visto que toda operação é noticiada antecipadamente nos jornais de nossa cidade, ficando, assim, todos os motoristas alertados, e somente os desatentos serão autuados.
Edson Moreira da Silva
Democracia à grega
O prefeito de Mozarlândia, dr. Luis Carlos da Silva, usa verdadeira democracia ao escolher secretários.
Educação e Saúde, por exemplo, pastas importantes em qualquer administração, tiveram seus funcionários elegendo seus respectivos secretários. Fato inédito. Vivessem Sólon, Péricles e Sócrates, precursores da democracia, o aplaudiriam.
“Bye-bye” autocracia .
Ivo Machado Rodrigues, Mozarlândia, via e-mail
Loura de Raiz Morena -Marialda Valente – Opinião, 29/01/09
Uma pessoa que se propõe a fazer um artigo contra a discriminação feminina deveria fazer uma reflexão: preste atenção no título do texto. O que ele diz é: se for mulher, é burra; se for loura, mais ainda.
A referida advogada e jornalista, assim como as colegas de consultório, deveriam prestar atenção se querem fazer algo contra a mulher ser tratada como objeto. Que comecem primeiro elas próprias a não discriminarem. Homens louros são inteligentes (os saxões)? Mulheres louras são burras? A aparência é que diz o que um ser humano pensa?
Adriana Câmara, via e-mail
quiPrOQuÓ
“... Digo isso porque sei como são os colégios públicos. Lá, as crianças não têm alguém que realmente as eduque. Presenciei muitas vezes alunos pequenos correndo nos pátios durante as aulas e, quando falamos com os professores, eles dizem que não têm nada a ver com aquilo, que isso é problema dos pais.
Queria muito que os colégios militares tivessem mais vagas...” (Colégios públicos e militares, Opinião do Leitor, 28/01/09).
Maria Francisca Coelho de Souza, via telefone
Réplica
Essa carta é em defesa de uma categoria de profissionais que está cansada de ser destratada, ridicularizada e exposta a críticas, que sempre são feitas de maneira generalizada quando a pauta é desvalorizar professores. Reforçamos aqui que nossa categoria foi colocada na berlinda pela mídia, sociedade e o próprio Ministério da Educação, quando busca alguém para se tornar culpado pelo fracasso escolar de nossos alunos.
Acreditamos que, como em qualquer outro segmento, temos profissionais sem compromisso, mas também gente comprometida, que procura a dotar sempre uma postura reflexiva.
Para tanto, gostaríamos de lembrar que as mazelas da educação têm mais de quinhentos anos e que devemos considerar as sucessões de erros que permearam a educação durante todo esse tempo. Chamamos também a responsabilidade das pessoas que estão sempre colocando em xeque nossa competência como educadores, e sugerir a essas pessoas, ao poder público, à sociedade e especialmente às famílias a fazerem uma reflexão sobre seus papéis em relação à educação de nossos filhos e alunos. Uma vez que nós, educadores, nos tempos atuais somos responsáveis pela formação intelectual, moral e sócio-afetiva de nossos alunos, o que sugere haver uma transferência de responsabilidade e atribuições. Gostaríamos de dizer a essa mãe que nós compartilhamos com ela a mesma preocupação e também sugerir a ela que observe que os critérios avaliativos do Colégio Militar, que são selecionados para estudar lá os melhores alunos, em um processo seletivo excludente, que remete os outros alunos a margem do processo de aprendizagem e que esses alunos excluídos são os nossos alunos. Contudo, observa-se que enquanto busca-se uma escola para todos, o Colégio Militar exclui.
Professores da Escola Estadual Andrelino Rodrigues de Morais
Enquete do dia - Blitz em comércio
A Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa, após reportagem do DM revelar golpe das promoções na matéria “Lojas camuflam juros em altas promoções”, anunciou que vai fazer blitz no comércio goiano na próxima semana. Objetivo é checar todas as promoções oferecidas ao consumidor.
Contatos questionados
Na matéria publicada ontem pelo jornal Diário da Manhã – Editoria de Economia, “Comércio goiano vai ser alvo de blitz”, assinada por Edilaine Pazini e Iris Bertoncini, há informações que não conferem.
1. O vereador Djalma Araújo não preside mais a Comissão de Defesa do Consumidor desde o início do mês de janeiro, visto que no último dia 2 foram nomeados novos integrantes das Comissões da Câmara Municipal de Goiânia;
2. A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Goiânia agora tem em sua presidência o vereador Joãozinho Guimarães e não o vereador Djalma Araújo, conforme citação na matéria publicada;
3. No contato feito dia 28 de janeiro por volta das 17h15 quando solicitado falar com o vereador Djalma Araújo, a assessoria de imprensa abordou o fato de a comissão não ser mais presidida por ele, mas que, mesmo
assim, seria feito o contato.
4. O vereador que se encontrava em agendas externas estava impossibilitado de atender às ligações. Foi repassado o seu novo número de celular para a repórter e, mesmo assim, a assessoria entraria em contato com ele para que o mesmo fizesse sua declaração acerca da matéria;
5. A assessoria procurou contato com a repórter para retorno e não obteve êxito. Sendo assim, por não ter recebido mais nenhum contato da redação, não compreendemos a citação feita: “O DM entrou em contato e não obteve resposta, nem da assessoria de imprensa.”
Samia Afiune, jornalista da
assessoria de comunicação
do gabinete do vereador
Djalma Araújo
Repórteres respondem
A repórter Iris Bertoncini permaneceu na Redação até as 20h30 da noite de quarta-feira (28) e tentou último contato com o vereador Djalma Araújo neste mesmo horário, quando fechou a matéria e a entregou às editoras do caderno de Economia do Diário da Manhã. Por não termos recebido nenhuma ligação da assessoria de comunicação do vereador Djalma Araújo, não compreendemos a resposta: “A assessoria procurou contato com a repórter para retorno e não obteve êxito”. Lembramos que, além do número de contato deixado pela repórter com a assessoria, o DM dispõe de várias linhas telefônicas, com secretárias disponíveis para anotar recados.
A primeira tentativa de contato com o vereador aconteceu às 15h30, quando a equipe obteve informação de que Djalma presidia a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal. Os dois números de celulares do vereador e o do gabinete não atendiam. Quando uma das repórteres responsáveis pela matéria conseguiu contato com a assessora, Samia Youssef, ela não informou da troca de presidente da comissão. A repórter explicou todo o tema da matéria e a assessora a aconselhou a insistir no contato por meio de outro celular para conseguir a entrevista com o vereador.
Edilaine Pazine e Iris Bertoncini
Dia do Jornalista
É com muita honra que escrevo ao jornalista Batista Custódio (editor-geral do DM) para parabenizá-lo no seu dia de jornalista. A sociedade goianiense é muito grata ao senhor pelo seu jornalismo ético e dinâmico, também por sua brilhante atitude em manter uma página em seu jornal direcionada às pessoas para que elas possam expressar suas opiniões.
Reconheço que muitos se espelham em suas brilhantes atitudes, principalmente a maioria dos políticos do Centro-Oeste. Também parabenizo o fundador do DM, Fábio Nasser; mesmo não estando no mundo terrestre, sua presença é constante no meio jornalístico, com suas inspirações do mundo espiritual. Também à sua equipe que contribui levando informações de Goiânia para o Brasil e para o mundo através da tecnologia moderna. Aproveitando este espaço, gostaria de destacar também um grande jornalista, Washington Novaes. Um dos maiores defensores da natureza, atualmente é supervisor-geral do Repórter Eco, foi consultor do primeiro relatório nacional sobre biodiversidade e participou das discussões da Agenda 21 Brasileira. Dirigiu vários documentários, entre eles, a série famosa Xingu. Uma de suas preocupações é o desperdício de água potável no planeta, como eu já havia dito antes. Além de mim, muitos gostaria de lhe parabenizar no dia de hoje. Com o reconhecimento do leitor e poeta.
José de Arimatéia,
via e-mail
Copa em Goiânia teria 70% de chances – Esportes, 28/01/09
Vendendo sonhos
Sobre a matéria publicada do Diário da Manhã de quarta-feira, sobre Goiânia ser umas das subsedes da Copa, creio que nossas autoridades estão vendendo sonhos, por vários motivos. Entre eles, em 2014 não ser na próxima década, e sim daqui somente a cinco anos. Haveria muitas exigências a serem cumpridas. Entre elas, termos um aeroporto de “verdade”, termos uma rede hoteleira diversificada e forte, um transporte público digno, melhorar o acesso ao estádio, entre vários outros obstáculos que não vale citar todos aqui, que, de uma forma ou outra, sempre iria dinheiro público. Mesmo que eles digam que não, ou será que a iniciativa privada iria resolver o problema do transporte coletivo caótico que temos em Goiânia?
Creio que a prefeitura tem que ser empenhar em questões urbanas sim, mas que visem em primeiro lugar o cidadão goianiense.
Heder Pinheiro, via e-mail
Pés no chão
Admiro muito o empenho e a dedicação de nossas autoridades, no objetivo de fazer de Goiânia uma das 12 sedes da Copa de 2014. Lógico que todos nós sabemos dos benefícios que um evento desse porte traria à nossa Capital. Confesso que a construção de um sistema de transporte eficiente seria o avanço mais significativo para toda população, pois temos visto o caos a cada dia se instalando em nossas ruas. Mas analisando as declarações do ministro Orlando Silva ao site G1 que a escolha da Fifa das 12 cidades foi levada pelo critério de ter uma cidade da Amazônia (que seria Belém ou Manaus) e uma cidade do Pantanal (Cuiabá ou Campo Grande), o que para eles são regiões muito importantes devido ao seu potencial turístico.
Se considerarmos que Brasília já é uma sede praticamente garantida, e agora temos mais uma sede definida no Centro Oeste, que seria Cuiabá ou Campo Grande, que chances nossa capital teria nessa disputa? Diante dessas declarações do comandante da Infraero e agora do ministro Orlando Silva, será que não está na hora de sermos não pessimistas e sim realistas e considerarmos nossas chances reais na disputa? Que não seriam de 70%, e sim numa escala infinitamente menor? Contudo, como diz o ditado popular: “A esperança é a última que morre.”
Gusttavo Brito,
via e-mail