Estudantes realizam trabalho solidário na Operação Pirineus (Diário da Manhã, 05/02/09)
Estudantes realizam trabalho solidário na Operação Pirineus (Diário da Manhã, 05/02/09)
O Projeto Rondon (Associação dos Rondonistas de Goiás) realizou, entre os dias 18 e 28 de janeiro, a Operação Pirineus, nos povoados de Caxambú, Índio, Jaranápolis, Serra do Misael e Radiolândia, em Pirenópolis (a 120km de Goiânia). A operação consistiu na prestação de serviços essenciais ligados à saúde e aos direitos do cidadão e foi realizada voluntariamente por estudantes da Universidade Católica de Goiás (UCG) e Universidade Federal de Goiás (UFG). Dezoito acadêmicos de Enfermagem, Medicina, Veterinária, Comunicação Social, Direito e Turismo participaram desta edição do projeto (12 de Goiânia e seis do Distrito Federal). Foram 2.800 beneficiados.
Durante os dez dias, seis acadêmicos de Medicina realizaram consultas, e cinco de Enfermagem fizeram coleta de material para prevenção de câncer do colo do útero, além de vacinação de crianças. Foram ministradas palestras sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), tuberculose, hanseníase, tabagismo, saúde da mulher, hipertensão e diabetes. Outros repassaram à comunidade informações sobre o direito ao registro civil e preencheram formulários solicitando o benefício aos interessados. Além disso, estudante de Jornalismo, Tatiane de Assis atuou como voluntária na assessoria de comunicação do projeto. Todo o trabalho foi supervisionado por quatro professores auxiliados por profissionais habilitados em cada área.
O Projeto Rondon tem como lema “integrar para não entregar”. Além do objetivo da integração entre as instituições de ensino com a sociedade civil e as organizações governamentais, há o objetivo de atingir a meta prevista de beneficiar quem mais necessita. “Como eles podem escolher o dia em que ficarão doentes?”, indaga Maria Aparecida Sardinha, coordenadora técnica da Associação dos Rondonistas do Estado de Goiás. “É preciso levar não apenas o atendimento médico a essas pessoas, mas o conhecimento e a consciência de que têm que se cuidar.”
O projeto é uma oportunidade de os estudantes conhecerem outra realidade além do espaço da Universidade em que estudam. “Esperamos que, quando se formarem, possam contribuir para que as políticas públicas sejam efetivas no nosso país”, diz Maria Aparecida.
“O melhor é o brilho nos olhos de quem quer aprender”, conta o estudante de Enfermagem da UCG, Renato Bueno, de 24 anos, um dos que mais realizaram palestras.