História não se fala, faz-se - Cristian Gomes (Diário da Manhã, 23/03/09)
“História não se fala, faz-se” - Cristian Gomes (Diário da Manhã, 23/03/09)
“Experiência única na imprensa brasileira”: assim começava, há exatos 29 anos, o editorial de uma nova perspectiva para a imprensa goiana. Nascia o primeiro jornal que circulava durante os sete dias da semana, e mais tarde o primeiro em cores... Eis o histórico Diário da Manhã.
O Diário da Manhã tem a sua origem no saudoso Cinco de Março, dos grandes jornalistas Batista Custódio e Consuelo Nasser – jornal este que sobreviveu durante os tempos da ditadura, que pregava a vontade em tentar mudar o mundo –; logo após o seu surgimento, em menos de dois anos, o DM passou a ser um dos mais importantes diários do País.
Batista Custódio, o fundador desse diário goiano, natural de Caiapônia, tem o jornalismo em sua veia. Foi líder estudantil e exímio orador. O jornalista, empresário e poeta, que sabe lidar com a emoção das palavras, é homem comprometido com a ética e a justiça e teve ao seu lado a saudosa e grande mulher Consuelo Nasser. Esses são o bojo do que anos mais tarde, o leitor goiano, cosmopolita ou não, passou a ter o privilêgio de abrir as páginas do Diário da Manhã de um micro instalado em sua casa. A internet favoreceu o mundo, levando o melhor do jornalismo de nosso Estado para os quatro cantos do globo terrestre. Jornalismo que desde o Cinco de Março tem combatido a corrupção e mostrado, com coragem, a real cara da notícia.
Não conheço outro jornal do País que tenha uma edição tão democrática, tanto no aspecto participativo da população com artigos, mas, também pelo fato de ter acesso gratuito através da internet e ainda mais, digitalizado, trazendo a edição igual ao impresso.
Assim é o Diário da Manhã: pioneiro, vanguardista, com a linha editorial pautada pela ética. Um verdadeiro meio de transformação da sociedade, levando um jornalismo participativo, com as páginas abertas para que o povo possa expressar sua opinião, seus anseios. É um diário em que pessoas de peso, que passaram pelas salas de redação ou ainda estão lá, e devem ser sempre lembradas, como Washington Novaes, o saudoso Fábio Nasser, Herivelto Nunes – hoje, na Comunicação da Celg –, Ulisses Aesse – atual diretor de Produção Editorial do DM, e que é considerado uma lenda dentro da Faculdade de Comunicação Social da UFG –, João Bosco Bittencourt, Ivan Mendonça, Alexandre Bittencourt, Bruno Rocha, Tony Carlos, Ton Alves, Deusmar Barreto e Willy Silva, entre tantos outros, e até o ator Stepan Nercessian, que também teve sua contribuição. O Diário da Manhã é assim, como diz Batista Custódio: “História não se fala, faz-se.”
Cristian Gomes é radialista, bacharel em Direito (com Especialização em Direito Público e Administrativo), assessor especial
para Assuntos da Juventude da Prefeitura de Goiânia e presidente
do PMDB Jovem de Goiás (cristiangomes@bol.com.br)