Faixas preferenciais para ônibus devem ser implantadas em até 90 dias
Faixas preferenciais para ônibus devem ser implantadas em até 90 dias (Diário da Manhã, 24/04/09)
Criação de faixa preferencial para ônibus nas avenidas 85, T-7 e T-9 foi discutida ontem na Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg). As mudanças foram anunciadas no dia 10 de março e desagradaram os lojistas, que alegaram não ter sido convidados ao debate. A pista da direita das três vias seria destinada ao tráfego de ônibus do transporte coletivo das 6h30 às 9h e das 16h às 19h, sendo proibido estacionamento.
“A princípio, sou contra as mudanças. Tem que haver diálogo. Mas os empresários devem ter visão macro e entender a importância coletiva das modificações propostas”, disse o presidente da Acieg, Pedro Bittar. No entanto, haverá intervenção no trânsito das avenidas dentro de 90 dias, prazo estipulado pelo Ministério Público Estadual para dar fluência ao tráfego na região.
Em horários de pico, ônibus transitam a apenas 12 quilômetros por hora nessas avenidas. “Goiânia não suporta mais veículos e não há espaço para aumentar a largura das ruas. Então temos que aproveitar todas as pistas disponíveis”, disse o presidente da Agência Municipal de Trânsito (AMT), Miguel Tiago. O presidente da CMTC, Marcos Massad, explica que não haverá imposição, mas esclarece que mudanças terão de ser feitas para melhoria do tráfego.
A Associação Comercial da Avenida 85 e Adjacências defendeu aplicação de projeto realizado anteriormente pela CMTC que ainda não foi executado. A maquete mostra criação de estacionamentos escama e recuos nas calçadas, nivelamento do passeio público para aumentar acessibilidade e redução da velocidade permitida no local.
A resposta da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) ao crescente número de carros e motos nas ruas chama-se Citybus. Com ele, acredita-se que o motorista deixe o próprio veículo na garagem e passe a se deslocar nos ônibus executivos. Mas a alternativa ainda não conquistou o goianiense. Os “frescões” têm circulado vazios desde o lançamento, na última segunda-feira (20). Usuários reclamam do preço do serviço, que custa R$ 4,50. Para aumentar a adesão, a CMTC prepara campanha de divulgação do serviço e promoções. O presidente do órgão, Marcos Massad, garante que no prazo de 90 dias o serviço irá “pegar”. Redução no preço da tarifa ainda não é cogitada.
Estudantes da UFG vão protocolar denúncia hoje no Ministério Público estadual contra a venda “casada” de meia-passagem e irregularidades no transporte.