Mandos e desmandos
Mandos e desmandos (Diário da Manhã, 30/04/09)
Repudio a atitude arbitrária do professor Venerando Ribeiro de Campos, assessor de Relações Públicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), que, em um ato arbitrário e sem embasamento nas normas de colação de grau estabelecidas pela universidade, se recusa a marcar a data da colação de grau do curso de Jornalismo, turma 2009/2.
A referida assessoria primeiramente sugeriu que os cursos de Jornalismo, Relações Públicas (RP), Publicidade e Propaganda (PP) e Biblioteconomia teriam que colar grau juntas. Pouco tempo depois, quando o diretor da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) atentou que tal ato feria as normas de colação de grau da UFG – já que o número máximo de formandos ultrapassaria o número máximo permitido pela resolução –, a mesma assessoria retrocedeu e permitiu que os cursos de RP e PP agendassem sua colação, sem comunicar aos demais cursos envolvidos. Agora, alegam que é obrigatória a colação de grau em conjunto com outros cursos.
A falta de organização, a falta de tato e de jogo de cintura, a falha de comunicação e o não-compromisso com as próprias normas da universidade são espantosos. O desdém da assessoria com a turma de Jornalismo nos faz crer que a velha rixa entre os cursos de Comunicação Social ainda existe e traz inúmeros prejuízos a todos os envolvidos na área: os alunos precisam da data para agendar e fechar contratos com os profissionais que desejamos para nossa formatura – e o mais rápido possível para não correr o risco de perder a data com o profissional desejado.
A Comissão de Formatura de Jornalismo foi acusada de querer tratamento especial. No entanto, o que desejamos é apenas o direito, previsto nas normas para colação de grau da UFG, de colar grau independente da vontade de outras turmas. Espero que a pró-reitora de Graduação da universidade, professora Sandramara Matias Chaves, e que o reitor, Edward Madureira Brasil, se sensibilizem com a situação e que se faça cumprir o regulamento, o mínimo esperado de uma universidade do porte da UFG.
Edson Leite Junior, presidente da Comissão de Formatura do curso de Jornalismo da UFG 2009/2 (via e-mail)
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quiPrOQuÓ
“... Há um ditado popular que diz que “onde não há lei, não há transgressão”; então, antes de julgarmos os nossos representantes (se assim o podemos chamar), devemos observar que não havia nenhuma lei que proibisse tal prática, não havia nenhuma norma, até então, regulamentando o uso dessas passagens...” (“Errado relativo” – Opinião do Leitor, 28/04/09)
Murillo de Araujo Lima (via e-mail)
Ética interna
Os leitores Elias Veloso e Murillo de Araújo divergiram sobre a ilegalidade do uso de passagens áreas por parlamentares. Um afirma que é legal, pois não tem lei que proíba; outro, o inverso. Gostaria de manifestar-se neste episódio, pois no campo do Direito existem as chamadas fontes do Direito, Direito Consuetudinário, que reconhecem que hábitos, costumes, jurisprudências, ética e honra fazem parte de elementos substantivos do Direito, valendo como se fossem fontes irrigadoras da aplicação das nossas normas de conduta. Neste episódio das passagens aéreas de parlamentares, não só as normas devem ser bem aplicadas, mas também servem para identificarem os parlamentares que devem receber o voto do eleitor. O deputado federal Rubens Otoni honrou o povo goiano com a sua postura ética de exercer quatro mandatos parlamentares e nunca ter utilizado uma passagem. A ética, a moral e os bons costumes devem estar intrínsecos no comportamento do parlamentar, e necessariamente não precisa estar escrito.
Evandro Coutinho França (via e-mail)
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Tarso critica decisão do STF de permitir acesso de advogados a inquéritos sigilosos – Política e Justiça
Uso de algemas
Concordo plenamente com o ministro da Justiça. É preciso regulamentar o uso de algemas para torná-lo universal, ou seja, toda pessoa presa em flagrante ou por mandado judicial deverá ser algemada, para sua segurança e do policial. Também é necessário, através de lei, proibir o acesso aos autos do inquérito do advogado cujo cliente ainda não foi formalmente indiciado. Nesse caso, o acesso pode prejudicar as investigações policiais, pois facilita o vazamento das informações sigilosas. Se ficar como está, a maior prejudicada será a sociedade.
Geraldo Martins (via DM Online)
Vergonha
OAB é uma organização cada vez mais anacrônica, que apenas se presta a perpetuar o corporativismo no mundo jurídico. Eu não deixaria essa proposta passar, sr. ministro.
Como cidadão brasileiro, eu sinto vergonha do STF.
Reginaldo Souza Lima (via DM Online)
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Democracia com todas as letras
Batista Custódio mais uma vez promove uma revolução na imprensa. A publicação de artigos diversos nas páginas do Diário da Manhã é acessível a todos aqueles que têm algo a dizer à sociedade, abrindo espaço para que as ideias saiam do espaço da imaginação e ganhem a luz de um Diário que nos ilumina com informações úteis e necessárias todas as Manhãs.
Esta atitude corajosa do eminente jornalista para alguns pode parecer a banalização do ato de escrever e até uma afronta aos profissionais do setor; mas, para a sociedade, representa a oportunidade grandiosa de sabermos o que pensa os cidadãos públicos ou quase anônimos, que ganham rosto e voz nas democráticas páginas do DM. Parabéns!
João Aquino (via e-mail)
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Falta de critério
Setores da mídia neoliberal agora criticam a relação do Estado com essas instituições. As ONGs ou OSs (organizações sociais) são criaturas do projeto neoliberal. Constituídas com o objetivo de reforçar o desmonte do Estado. Ao contrário dos sindicatos, das associações de moradores e outras, não possuem representatividade, mas recebem de governos eleitos milhões/bilhões em recursos públicos, sem critério e sem controle. Uma anomalia. Infelizmente, falta vontade política para reformar a gestão pública, torná-la profissional e eficaz, inclusive rever a ineficiente e deformada estabilidade.
Antonio Negrão de Sá (via e-mail)
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“...Tenho notado o recente acúmulo de moradores de rua em locais como o Centro de Goiânia, especialmente nas avenidas Goiás, 24 de Outubro e Bernardo Sayão, e tambén nas imediações da Catedral Metropolitana.
O que mais chama a atenção é a ausência do poder público na condução das políticas públicas sociais para sanar esses problemas.” (“Moradores de rua” – Opinião do Leitor, 27/04/09)
Murillo de Araújo Lima (via e-mail)
Na rua, por escolha
Existe um programa social desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) que atende a essas pessoas que se encontram em situação de rua. Temos a Casa de Acolhida Cidadã, que tem migrantes que chegam à cidade sem moradia, e pessoas e famílias adultas que se encontram nas ruas. Temos a equipe de acolhimento, que funciona 24 horas; a equipe SOS, que atende os meninos; e a Casa das Flores, que recebe as meninas.
As pessoas que se encontram em situação de rua estão lá porque querem, não podemos obrigá-las a sair desses locais.
Qualquer dúvida, entre em contato com esses serviços citados.
Fabiano Araújo (via e-mail)
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O Câncer da Dilma
A propósito da exploração eleitoral que está sendo conduzida pelos governistas em torno do câncer da ministra Dilma, e considerando as manifestações de seus coleguinhas de partido e ministério, assim como também as do próprio Lula, parafraseio Nelson Rodrigues, que petista, pra eleger outro petista, só é solidário no marketing do câncer.
Rodrigo Borges de Campos Netto (via e-mail)
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A Fome dos Bolsos Gordos – Batista Custódio – Opinião, 27/04/09
Sábias palavras
Por motivos maiores não pude ler no dia essas sábias palavras, mas venho aqui agora parabenizar Batista Custódio. O companheiro Delúbio é mais uma vítima nas mãos desses que se dizem certinhos; conhecendo-o como conheço, posso reafirmar a você que ele não tirou nenhum proveito para si, pelo contrário. Ele vem sofrendo com o seu próprio “partido”, se é que podemos chamar assim, pois negar o pedido de refiliação é um crime contra alguém que tanto ajudou a chegar onde está. Ando com o Delúbio em nossa terra natal e em qualquer outro lugar que estamos, e vejo o carinho que a população tem para com ele, é abraço, pedido pra tirar foto e diversas manifestações de apoio. O Partido dos Trabalhadores quer barrar esse sonho, acho um absurdo grande, mas, infelizmente, temos que conviver com isso.
Marcelo Guerra (via DM Online)
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A justiça distante da sociedade – Jesseir Coelho de Alcântara – Opinião, 31/03/09
Cumprimentos
O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 13ª Vara Criminal de Goiânia, recebeu ofício da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás informando de proposição aprovada em sessão realizada pelo plenário da Casa, com registro nos anais, cumprimentando-o pelo artigo de sua autoria “A Justiça distante da sociedade”, publicado no Diário da Manhã no dia 31 de março de 2009.
Ozair José, deputado estadual, líder do PP e autor da proposta
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Casa própria
DM Online perguntou: Lula cumprirá a meta de construir um milhão de casas?
Acredito, claro. Espero que seja moradia para se viver com dignidade. Vamos acreditar no nosso presidente, ele não deve copiar o exemplo do Iris, que constrói casas que são verdadeiros fornos.
Machado Guimarães
Que ninguém duvide que vá haver uma justa e enorme deflação no preço de aluguéis. Quem vive de renda, ou seja, de não fazer nada, de não produzir, de não trabalhar para seu próprio sustento, vai penar um pouco, pois a boa vida vai diminuir o grau.
Rocha de Oliveira
O brasileiro é sonhador, acredita em tudo. Outra propaganda enganosa.
Saulo Brenner
Espero que sim. O que pode atrapalhar este projeto é que ele “pede” aos bancos que baixem os juros. Para quem não entende de política, é atitude de presidente preocupado com a nação; para nós, é apenas piada. Bastaria ele injetar milhões em créditos na Caixa e no Banco do Brasil a juros baixíssimos e com menos burocracia que, aí, sim, os outros bancos iriam competir com os estatais com mais recursos e com menores juros. Ou seja, as riquezas da nação seriam muito bem distribuídas. Tomemos como exemplo o comércio normal, onde se vendem produtos em promoção, muitas vezes com preços abaixo de custo. Deveria isso servir, então, para as instituições financeiras também.
William Valadares
Se não houver desvio de dinheiro, poderá construir até mais. Isso vai criar muitos empregos, porém é preciso fiscalizar também o material empregado na construção dessas casas como também a qualidade da mão-de-obra. Antes de construir as casas, é preciso não se descuidar da rede de esgoto, asfalto, creches e área verde etc.
Josuelina Carneiro
É possível, apesar dos urubus de plantão que torcem contra. Não pode ter tempo para programas que beneficiam a população, se for eleitoreiro e sair do papel e beneficiar realmente quem necessita desse plano, só temos que elogiar; mais uma vez, o governo age com a intenção de melhorias coletivas, resta-nos esperar que os espertalhões de empreiteiras, políticos e a corja que usam o dinheiro público em beneficio próprio sejam fiscalizados para que o dinheiro não seja desviado, como quase sempre acontece no Brasil.
Roberto Silva
Acredito ser possível sim. Pode ser que não cumpra toda a meta, mas pode cumprir boa parte dela. Vão esbarrar em problemas de legislação ambiental, em leis orgânicas municipais inadequadas, em disputas políticas nas cidades beneficiadas, na inevitável corrupção do brasileiro, pois certamente vai chover gente querendo se dar bem à custa desse projeto milionário. Mas estas dificuldades devem ser superadas, pois ninguém vai querer pra si o estigma de ter prejudicado um projeto como este. Achei isso uma grande sacada, pois vai haver uma grande injeção de dinheiro na economia, com geração de empregos formais.
Marcos Dollis