Camerata Filarmônica de Goiás, nova orquestra da cidade, faz hoje sua primeira apresentação no Centro Cultural UFG, com entrada franca
Camerata Filarmônica de Goiás, nova orquestra da cidade, faz hoje sua primeira apresentação no Centro Cultural UFG, com entrada franca
Os apreciadores de música erudita em Goiânia têm um bom motivo para comemorar: uma nova orquestra, batizada de Camerata Filarmônica de Goiás, entra em atividade na cidade. O concerto de estreia será realizado hoje, às 20h30, no auditório do Centro Cultural UFG, com entrada gratuita. A nova formação é uma pequena orquestra de cordas, com 12 músicos (veja perfis no quadro), além do spalla - o violinista principal -, posto ocupado pelo maestro Alessandro Borgomanero, articulador da formação do grupo.
A ideia de estruturar um novo corpo sinfônico na cidade vinha sendo amadurecida pelo maestro já há algum tempo, desde que ocupou entre 2004 e 2007 o cargo de regente da Orquestra de Câmara Goyazes, mantida pelo Estado. "Tinha esta vontade desde essa época. A questão é que nunca encontrávamos condições para que esse novo grupo florescesse por aqui", diz ele, lembrando a situação calamitosa, ainda hoje persistente, das condições dos corpos sinfônicos em Goiânia.
A nova Camerata Filarmônica de Goiás está sendo estruturada com recursos provenientes da Lei Goyazes, que permite captação de recursos no meio empresarial por meio de dedução de impostos. O projeto foi aprovado na lei ainda no ano passado, com teto de financiamento de R$ 77 mil. Os recursos ainda estão em processo de captação. "Nossa intenção é terminar de concluir a captação até o meio do ano", prevê Borgomanero.
Do grupo de 12 músicos selecionados para integrar o novo corpo sinfônico, oito residem na capital goiana, todos integrantes da Orquestra de Câmara Goyazes ou da Orquestra Sinfônica Jovem. Os quatro músicos restantes estão fixados fora de Goiás, três de Brasília e um de São Paulo. A formação sinfônica é totalmente voltada para obras compostas para violino e cordas. Os instrumentos da formação são, além do violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo. "Estamos centrados na gravação de um CD que resgata a importância de obras sinfônicas brasileiras", informa o maestro.
Compositores
O CD que será gravado durante este feriado de carnaval, após a apresentação de hoje, foi batizado de Música Brasileira Para Violino e Cordas. Sob a direção musical do próprio Borgomanero, o trabalho vai registrar obras de compositores como Francisco Mignone (Modinha Imperial) e de Jaime Zenamon (Concerto para Violino). Além delas, duas obras para violino e cordas de Estércio Marques Cunha e de Henrique de Curitiba também estão no disco.
Henrique de Curitiba ganha destaque especial no trabalho, pela forte ligação que teve com Goiânia. O músico morou na cidade por três anos, entre 2004 e CONCERTO - HOJE
Estreia musical
Camerata Filarmônica de Goiás, nova orquestra da cidade, faz hoje sua primeira apresentação no Centro Cultural UFG, com entrada franca
Rodrigo Alves
Os apreciadores de música erudita em Goiânia têm um bom motivo para comemorar: uma nova orquestra, batizada de Camerata Filarmônica de Goiás, entra em atividade na cidade. O concerto de estreia será realizado hoje, às 20h30, no auditório do Centro Cultural UFG, com entrada gratuita. A nova formação é uma pequena orquestra de cordas, com 12 músicos (veja perfis no quadro), além do spalla - o violinista principal -, posto ocupado pelo maestro Alessandro Borgomanero, articulador da formação do grupo.
A ideia de estruturar um novo corpo sinfônico na cidade vinha sendo amadurecida pelo maestro já há algum tempo, desde que ocupou entre 2004 e 2007 o cargo de regente da Orquestra de Câmara Goyazes, mantida pelo Estado. "Tinha esta vontade desde essa época. A questão é que nunca encontrávamos condições para que esse novo grupo florescesse por aqui", diz ele, lembrando a situação calamitosa, ainda hoje persistente, das condições dos corpos sinfônicos em Goiânia.
A nova Camerata Filarmônica de Goiás está sendo estruturada com recursos provenientes da Lei Goyazes, que permite captação de recursos no meio empresarial por meio de dedução de impostos. O projeto foi aprovado na lei ainda no ano passado, com teto de financiamento de R$ 77 mil. Os recursos ainda estão em processo de captação. "Nossa intenção é terminar de concluir a captação até o meio do ano", prevê Borgomanero.
Do grupo de 12 músicos selecionados para integrar o novo corpo sinfônico, oito residem na capital goiana, todos integrantes da Orquestra de Câmara Goyazes ou da Orquestra Sinfônica Jovem. Os quatro músicos restantes estão fixados fora de Goiás, três de Brasília e um de São Paulo. A formação sinfônica é totalmente voltada para obras compostas para violino e cordas. Os instrumentos da formação são, além do violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo. "Estamos centrados na gravação de um CD que resgata a importância de obras sinfônicas brasileiras", informa o maestro.
Compositores
O CD que será gravado durante este feriado de carnaval, após a apresentação de hoje, foi batizado de Música Brasileira Para Violino e Cordas. Sob a direção musical do próprio Borgomanero, o trabalho vai registrar obras de compositores como Francisco Mignone (Modinha Imperial) e de Jaime Zenamon (Concerto para Violino). Além delas, duas obras para violino e cordas de Estércio Marques Cunha e de Henrique de Curitiba também estão no disco.
Henrique de Curitiba ganha destaque especial no trabalho, pela forte ligação que teve com Goiânia. O músico morou na cidade por três anos, entre 2004 e 2007, quando foi professor de Composição na UFG. O artista, que morreu recentemente em Curitiba, sua terra natal, terá a composição para violino e cordas Vocalize, feita no período em que morou na capital goiana, registrada no disco. Do compositor Estércio Marques Cunha, goiano de Goiatuba, a obra em destaque é Cantigantiga, também para violino e cordas, composta especialmente para o CD.
Todas as peças serão apresentadas hoje no concerto inaugural e devem fazer parte de uma turnê almejada por Borgomanero. Mas, por enquanto, o trabalho da Camerata Filarmônica de Goiânia ficará focado mesmo somente na gravação do CD. "Infelizmente tudo custa dinheiro. Temos a vontade de fazer o lançamento do disco em um circuito por várias capitais brasileiras. Como isso não é possível no momento, estamos pensando no projeto com início, meio e fim do CD", afirma o maestro.
Dificuldades
Apesar de percalços - um deles, a dificuldade de captação dos recursos permitidos pela Lei Goyazes por conta da precária situação financeira do Estado -, a Camerata Filarmônica de Goiás conseguiu boas
alternativas para ajudá-la a sair do papel. Uma delas foi uma parceira com a UFG, universidade à qual o maestro está ligado. Os ensaios para a estreia, por exemplo, estão sendo realizados desde o início no Centro Cultural UFG, local que também abrigará a primeira apresentação pública do grupo.
Outro espaço universitário cedido à Camerata, que contribuiu para o processo de criação da nova orquestra, foi o estúdio do auditório da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, no Câmpus 2 da universidade. Os músicos aproveitarão a falta de movimentação escolar entre o domingo e a quarta-feira para fazer as gravações. O lançamento do CD, de acordo com o maestro, está previsto para julho deste ano.
Evento: Concerto Inaugural da Camerata Filarmônica de Goiás
Data:Hoje, às 20h30
Local:Centro Cultural UFG - Avenida Universitária, nº 1533, Setor Universitário
Informações:3209-6251
Entrada gratuita▩