Saneago usa psicultura para avaliar a qualidade da água

Notícias de Goiás/Goiás Agora, 09 de fevereiro de 2011

Saneago usa psicultura para avaliar a qualidade da água

Técnicos das 16 regionais da Saneago passam agora a avaliar a qualidade da água de mananciais de superfície (represas, lagos e rios) a partir do diagnóstico da mortandade de peixes. A técnica foi repassada hoje em um curso ministrado por alunos de pós-graduação do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás.

O público alvo foram profissionais da Saneago das áreas de biologia, química e geografia e técnicos em saneamento e em meio ambiente, responsáveis por reservatórios, lagos, córregos e rios de todas as 16 regionais da empresa. Coordenados pelo professora-doutora Simone Saboias, da UFG, os seis alunos do mestrado em Biologia desenvolveram sistema de ensino teórico e prático que permite avaliar o grau de salubridade ou poluição das águas a partir do comportamento dos peixes. O curso foi ministrado na ETE de Goiânia, que tem um dos mais eficientes laboratórios de análises em piscicultura do Centro-Oeste. O projeto é desenvolvido através de parceria da Saneago (90% da verba) com o Governo Federal, através do PAC-1 (10%).

Contra a poluição - A bióloga Wilma Maria Coelho, coordenadora do Projeto Piscicultura da Saneago, explica que são raros os registros de morte de peixes nos municípios atendidos pela empresa. "Mesmo assim continuamos trabalhando e capacitando nosso pessoal não só para manter a qualidade da água, mas também para saber como agir em caso de poluição", diz ela.

Para o laboratorista e técnico em saneamento Uézio Chaves, da regional de Jataí, o aprendizado é válido. "Temos seis mananciais sob nossa responsabilidade e a saúde dos peixes é um indicador da boa qualidade da água. Se há mortantade numa lagoa ou rio sabemos que alguma coisa está poluindo a água. Aí, é só levantar o que estaria poluindo o manancial e tomar as providências necessárias", diz ele.

O Laboratório de Ensaios e Preparo de Análises da Saneago, onde foi ministrado o curso, é também responsável pelo desenvolvimento de alevinos para repovoamento do Rio Meia Ponte. A espécie mais comum é o piau e em 2009, quando começaram os trabalhos, foram soltos mais de 20 mil peixes. Ano passado foram 16 mil e este ano a meta é de outros 20 mil. A soltura dos peixes vai ocorrer entre os meses de abril e maio, em pontos ainda a definir no Rio Meia Ponte.