Professor alerta para ''limites genéticos''
No grupo dos produtos, capazes de aprimorar o rendimento físico, aumentar a absorção de nutrientes e, claro, ampliar o ganho de musculatura estão os suplementos alimentares. Estes são produtos feitos à base de aminoácidos e proteínas e podem ser utilizados, embora não seja dispensada a orientação médica.
O professor de Educação Física da UFG Eduardo Santos explica que todos temos os limites a serem respeitados, quando nos propomos a realizar atividade física. Além do limite genético, que controla a predisposição do indivíduo em ter ou não facilidade de ganhar massa magra (músculos), existe também o limite nutricional. “Chega uma hora, depois de muito tempo de malhação, que a pessoa atinge tal limite e não consegue absorver tanta proteína como antes. Se ela desejar obter resultados é preciso do auxílio de um suplemento alimentar.”
Quanto ao limite genético, Eduardo alerta para a necessidade de reconhecer as próprias limitações antes de decidir frequentar academia. “Se não tiver predisposição, não adianta. Vai aumenta a massa magra, mas se tiver a intenção de ficar tão forte quanto o colega ao lado, que possui os indicadores adequados, desista. Isso pode desenvolver problemas psicológicos e é o principal fator motivacional que leva as pessoas a se renderem aos anabolizantes”, alerta. Nessa hora, o que vale é a orientação por parte dos professores de educação física e dos médicos.
Sem a orientação e consciência devidas, os distúrbios podem surgir. Exemplo disso é a vigorexia, distúrbio contrário à anorexia. Indivíduos acometidos de tal síndrome são pessoas que, mesmo fortes fisicamente, ao visualizarem a própria imagem em espelhos, por exemplos, veem-se como fracos e magros, de maneira similar aos que possuem anorexia, que tendem a se considerarem gordos. E quem detém tal problema, claro, encontra nos esteroides um aliado.