O racismo importa
Curso de qualificação de professores lança reflexão sobre o preconceito racial
Eu sou racista? E preconceituoso? Essas são algumas das questões que os participantes da quarta edição do curso Introdução aos Estudos Africanos e Afro-brasileiros serão levados a refletir durante as aulas.
As inscrições para o curso estão abertas até o dia 8 de abril. Podem participar professores de todas as disciplinas, ativistas e militantes do movimento social negro, além de pessoas interessadas no tema.
O valor total do curso é de R$300 e sua carga horária é de 96 horas. A iniciativa de promovê-lo é da Associação Pérola Negra em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC).
Professores da rede particular podem se inscrever a 15 bolsas que estão sendo ofertadas pelo Sindicato dos Professores de Goiás (Sinpro). Já os educadores que comprovarem ser de baixa renda ganharão bolsas da Pérola Negra.
Muito embora a lei federal 10.639, de 2003, tenha tornado obrigatório a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira nas turmas dos ensinos Fundamental e Médio, em Goiás a lei está sendo implantada de forma tímida e por meio de ações pontuais.
Percussão e dança
Marilena Silva, coordenadora do curso, critica o poder público pela falta de iniciativa. "Cursos de qualificação de professores, como esse, deveriam partir do Estado e do município, mas como não existe nada nesse sentido, decidimos correr atrás".
A programação do curso é bastante dinâmica e inclui a participação dos alunos em oficinas de percussão e de danças afros. Os encontros serão realizados aos sábados, a partir do dia 9 de abril, no Museu Antropológico da UFG, na Praça Universitária.
Para o segundo semestre, já existe a perspectiva de criação de uma nova turma, além da implantação de um novo curso: África, Afrodescendência e Educação, que aprofundará a temática. Contatos pelos telefones (62) 3255-7583 (à tarde), 9124-8512 e 8172-2097.