Vive le Commune

Vive la Commune!
Seminário relembra os 140 anos da Comuna de Paris

Raphaela Ferro

O mês de março de 2011 marca os 140 anos da Comuna de Paris, primeira experiência de governo essencialmente operário da história mundial. De acordo com o professor de Sociologia, Ciência e Teoria Política da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Sílvio Costa, o histórico momento francês permanece atual e deve ser conhecido e estudado.
A Comuna se formou em Paris como um governo paralelo ao francês e teve duração de pouco mais de dois meses. Seu objetivo era estabelecer a ditadura proletária, sob influência das opiniões anunciadas por Karl Marx e Friedrich Engels.
Mesmo não conseguindo se manter por muito tempo, tal governo ficou conhecido como modelo de autogestão democrática e popular. "É uma experiência que permite ao proletariado compreender que é um dever fundamental, e um direito, lutar por seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade", analisa Costa.
O professor foi um dos palestrantes do Seminário "Os 140 anos da Comuna de Paris", realizado no auditório da Faculdade de História da UFG na semana passada.
Ainda em 1870, uma série de conflitos levaram a França a ter dificuldades financeiras. Fato que ganhou proporção ainda maior após a derrota de Napoleão III para a Prússia. Obrigado a conceder indenizações e territórios aos prussianos, o governo francês enfrentou diversos protestos e manifestações populares.
Costa conta que essas manifestações ganharam força a partir de 4 de setembro de 1870, quando as tropas prussianas iniciaram a ocupação da França e marcharam rumo a Paris. "Estando o país sem um governo legitimo, são criadas condições para que a população de Paris dê início a uma insurreição popular e a proclamação da República".
Contudo, ainda não foram as classes populares que assumiram o poder. A aliança entre os republicanos conservadores e os monarquistas formou um Governo Provisório não muito diferente do anterior. Louis Adolphe Thiers assumiu como presidente.
Semana sangrenta
Já em 1871, no dia 8 de fevereiro, foi eleita uma Assembleia Nacional, constituída ainda no padrão anterior de divisão de classes. Os revoltosos exigiram a autonomia de Paris e o direito de eleger seus representantes. A Assembleia não aceitou entrar em negociação e transferiu o governo para Versalhes.
Assim, as ideias revolucionárias cresceram. Ainda presidente, Thiers buscou a ocupação militar de Paris. Em 18 de março suas tropas passaram à ofensiva e foram surpreendidas pelos populares. O comandante das tropas de Versalhes foi morto e se instalou a Comuna de Paris.
Os manifestantes ou communards realizaram eleições para o Conselho da Comuna, que teve dificuldades de levar as mesmas instituições político-administrativas do antigo governo ao funcionamento. Surgiu, então, a necessidade de criar um novo modelo de Estado.
Assim o fizeram. Em contrapartida, os revolucionários foram cercados por dois exércitos: o dos franceses comandados a partir de Versalhes e o dos prussianos.
A reação contra os revolucionários foi violenta. A semana sangrenta, como ficou conhecida a ofensiva, foi iniciada no dia 21 de maio. Sem organização militar eficiente, os revoltosos sucumbiram às tropas opositoras.
A última barricada dos communards caiu no dia 28 de maio e com  ela a Comuna de Paris. Cerca de 20 mil pessoas foram mortas e aproximadamente 70 mil revolucionários foram exilados na Guiana Francesa.

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