Falta de lei específica propicia violência contra homossexuais, diz antropólogo
A crescente onda violência contra homossexuais, como o assassinato de Adriele Almeida, de 16 anos,morta a facadas no município de Itarumã, a 266 quilômetros de Goiânia, pode ser acentuada por causa da falta de legislação específica contra condutas homofóbicas.
A opinião é do antropólogo Marcelo Perillo, integrante do grupo Ser-Tão, que estuda sexualidade na Universidade Federal de Goiás (UFG). Um adolescente de 17 anos, irmão de uma menina de 16 anos que mantinha relacionamento com a vítima, confessou a morte da garota. Contudo, seu pai, um agricultor de 36 anos, também está preso por envolvimento no crime, assim como seu outro filho, de apenas 13 anos.
Para Perillo, as manifestações homofóbicas e suas implicações crescem à medida que também aumenta a visibilidade das relações homossexuais. De acordo com o relatório anual de assassinatos de homossexuais divulgado no início desta semana pelo Grupo Gay da Bahia, em 2010 foram registrados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil. Em Goiás, foram 12 homicídios, o que coloca o Estado no 8º lugar em ranking entre morte de homossexuais.