Marconi busca saida para regularizar repasse a saude

Marconi busca saída para regularizar repasse à saúde
Em solenidade realizada no Palácio, governador afirma que equipe trabalha para que o Estado volte a investir 13% na área, conforme determina a lei

Da redação
Com o intuito de tornar a área da saúde cartão de visita do Estado, o governador Marconi Perillo divulgou, durante solenidade de assinatura do decreto de convocação da 7ª Conferência Estadual de Saúde, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, que tem trabalhado junto ao secretário da Fazenda, Simão Cirineu, uma solução que garanta o repasse mensal das receitas que são destinadas à saúde: 13% do orçamento anual.Marconi disse que as providências devem ser tomadas assim que a crise financeira esteja equilibrada. “Se deixamos para passar no final do ano aquilo que deveria ser destinado à saúde, acabamos não tendo como planejar um gasto mais eficiente para a área”, justificou.

A conferência, que acontecerá em setembro, entre os dias 20 e 22, têm como tema o Sistema Único de Saúde (SUS). Marconi observou que a criação do SUS democratizou o acesso à medicina para os mais humildes, mas destacou alguns problemas, como os baixos valores pagos aos médicos pelas consultas. Discutiu a responsabilidade do Estado em relação ao SUS, e as dificuldades em trabalhar com recursos limitados. “O Estado não consegue custear todas as despesas com a saúde porque falta dinheiro nos estados, afinal de contas mais de 70% de todas as receitas do Brasil ficam em poder do governo federal. E a responsabilidade pelo cumprimento da constituição em relação ao atendimento às pessoas que precisam da saúde pública acaba recaindo sobre as costas dos estados e municípios que têm recursos limitados para investimentos nessa área”, explicou.

Marconi disse que o trabalho tem sido realizado de forma a buscar compatibilizar as receitas de que o Estado dispõe com a prestação de um serviço de qualidade na área da saúde, combatendo desperdícios e maximizando recursos que o setor dispõe para que seja possível dar exemplo de uma boa gestão da saúde em Goiás. “Estamos trabalhando com muita dedicação e persistência para que a saúde não tenha sobressaltos”, argumentou.

O governador sinalizou para o planejamento de uma ação que signifique a compatibilidade entre as receitas constitucionais que devem ser dirigidas à saúde com as despesas compatíveis com a capacidade de investimento do Estado ou com a obrigatoriedade do Estado em investir na área da saúde. Explicou que dessa forma é possível estudar o que cada hospital precisa para funcionar bem. Marconi disse que o governo não gastará “um centavo que não seja absolutamente necessário à garantia da prestação de um serviço de qualidade”. E defendeu, se necessário, terceirizar a manutenção permanente dos aparelhos de alto custo.

Em relação ao Ipasgo e à Iquego, disse estar otimista na resolução dos problemas desses órgãos: “Vamos pôr fim aos problemas existentes no Ipasgo há décadas. Vamos transformar o Ipasgo em um instituto que funcione adequadamente, que atenda as demandas dos seus segurados. Estou convencido também de que vamos encontrar um caminho para a Iquego”.
 
Governo reforça parceria com UFG
“Toda a estrutura do governo está à disposição da UFG”, disse ontem o governador Marconi Perillo, durante almoço com a direção da Universidade Federal de Goiás, no Palácio das Esmeraldas. Ao saudar a comunidade acadêmica, Marconi enfatizou que quanto mais forte estiver a instituição, “mais forte estará Goiás”.

Marconi garantiu aos diretores que o governo pretende reforçar as parcerias com a instituição e que, inclusive, determinou que os secretários abram suas pastas para os pleitos da Universidade. Segundo o governador, a UFG é hoje referência nacional e internacional em termos de produção de ciência e, nos últimos anos, tem crescido “qualitativamente”, abrigando em seus quadros mais de mil doutores.
No almoço, Marconi tornou público que chegou a convidar o reitor Edward Madureira Brasil para integrar o governo, mas o reitor preferiu dar sequência ao trabalho que desenvolve na instituição. De acordo com o governador, o secretariado sabe da dimensão da UFG e da importância estratégica dela para o desenvolvimento de Goiás.

Ao discursar em nome do alto comando da UFG, o reitor Edward Madureira enfatizou que a instituição mantém “sólidas parcerias” com o governo. Ele destacou o papel estratégico da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapego), criada no segundo governo de Marconi. “Percebo que as portas do Palácio das Esmeraldas estão abertas para a UFG”, disse. O reitor aproveitou para convidar o governador a conhecer o Centro Tecnológico que a UFG está construindo, cujo objetivo é transformá-lo num centro de produção científica e de inovação tecnológica.