Marconi promete ampliar gastos
Após quatro anos da criação, o Governo de Goiás finalmente fez adesão ao movimento Todos Pela Educação, ato financiado pela inciativa privada e que tem o objetivo de garantir a todos os brasileiros o acesso a uma educação de qualidade até 2022. O governador Marconi Perillo (PSDB) e o secretario de Educação, Thiago Peixoto, assinaram ontem, no Palácio das Esmeraldas, o termo de adesão ao movimento e se comprometeram a alcançar as metas estabelecidas no prazo de dez anos.
Em discurso, Marconi criticou o governo passado, que, segundo ele, enquanto os municípios goianos se mostraram interessados em aderir ao movimento, o Estado foi o único que não assinou termo de compromisso. “Esse é um dos momentos mais marcantes desde o início do nosso governo, pois vamos promover uma revolução na educação do Estado. Em 2008, 38 prefeitos assinaram o termo de adesão e, na época, o governo não teve interesse em assinar, em participar”, disse.
O evento contou com a participação de diversas instituições, como a Associação Comercial Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Universidade Federal de Goiás (UFG), Fundação Itaú Social, Ministério Público, representado pelo procurador-geral, Benedito Torres, dentro outros.
O movimento, que depende da contribuição da sociedade civil organizada, já conta com as parcerias de empresas, como a Hyundai, Cargill e Mitsubishi. “O movimento envolve pessoas sérias e comprometidas. Destaco que para avançarmos nessa área, dependemos de dinheiro, por isso fomos atrás de indústrias para que elas nos ajudem a colocar em prática a reforma na educação e também nesse movimento.”
As metas estabelecidas pelo movimento são: 1) toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; 2) toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; 3) todo aluno com aprendizado adequado à sua série; 4) todo jovem com Ensino Médio concluído até os 19 anos; 5) investimento em educação ampliado e bem gerido.
O governador prevê que nos próximos anos, o governo deve aplicar para a educação mais do que os 25% previstos na Constituição. Porém, lembrou que os investimentos só serão possíveis com a ajuda do governo federal. Ainda esperando por uma audiência com a presidente Dilma para capitanear parcerias, Marconi ressaltou que Estados e municípios não dão conta de investir o necessário com recursos insuficientes. “Hoje praticamente 73% dos recursos ficam em poder da União, restando pouco mais de 20% aos governos estaduais e municipais. Temos que fazer um pacto nacional para viabilizar financeiramente as demandas.”
O tucano disse que o cumprimento das metas serão feitas aos poucos e que, a princípio, o governo pretende reformar todas as escolas. Afirmou que seu sonho é implementar serviço chamado de “terceira via”, onde empresas terceirizadas fiquem responsáveis pela manutenção e conserva dos prédios públicos. (Marina Dutra)