Nova lei não contém devastação no Cerrado, afirma especialista da UFG

Nova lei não contém devastação no Cerrado, afirma especialista da UFG


De acordo com o coordenador do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Manuel Eduardo Ferreira, apesar de não ser possível definir os impactos ambientais que podem causados através da implantação do novo Código Florestal, a nova legislação não irá conter a velocidade com que avançam os desmatamentos em áreas de preservação.

"Não existem mecanismos eficientes para acompanhar esses avanços. Ao mesmo tempo, os problemas não dependem tanto de legislação, até porque nunca houve uma contenção eficiente desse processo de desmatamento", diz. Uma prova, segundo Manuel, é estudo feito por ele e outros dois pesquisadores e diagnostica o desmatamento na Bacia do Rio Araguaia.

Em forma de artigo científico, o levantamento feito em 2006 mostra que 44,58% das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) da bacia do Rio Araguaia foram degradadas em um processo que deve continuar.

Ele também diz que o estudo foi subsidiado por imagens feitas por satélite que mostram a expansão do desmatamento. "A degradação só será evitada quando a sociedade for realmente envolvida no debate. É isso que precisa acontecer", diz.