As mil e uma faces de Kubrick
Thaís Lobo Estagiária convênio Tribuna/FASAM
Mostra promovida pela UFG exibe a diversidade do controverso cineasta
Sol, Lua e Terra alinhados. É assim que começa a um dos mais importantes filmes da história do cinema: 2001 – Uma Odisséia no Espaço. Pode parecer simples, mas o conteúdo filosófico e imagético dessa imagem vem encantando gerações desde o lançamento do filme, em 1968.
E não é toa que isso acontece. Para se ter uma ideia, o filme trata da evolução dos homens desde sua aurora, há quatro milhões de anos na África, até 2001, a era espacial.
Nesse ínterim, é analisada a relação do homem com as tecnologias e suas consequências, produzindo um duelo entre humanos e máquinas (criador versus criatura) e levando ao extremo de sugerir, no final, um enfrentamento com a própria morte.
Debate após o filme
Escrito, dirigido e produzido por Stanley Kubrick, 2001 – Uma Odisséia no Espaço foi a primeira película a abordar um tema bastante polêmico: a inteligência artificial.
E marcou a história ao prever, um ano antes, a chegada do homem à Lua.
O filme também influenciou importantes cineastas como Martins Scorsese, Steven Spielberg e Ridley Scott. E chegou a ganhar o Oscar de Melhores Efeitos Especiais em 1968.
Mas nem só de ficção científica vive Stanley Kubrick. Considerado pelos críticos um dos diretores mais versáteis da história do cinema, o cineasta americano produziu comédias, terror, épicos e filmes de guerra com uma produção autoral, trazendo polêmica e originalidade para as telas.
E é essa diversidade que se destaca na mostra Stanley Kubrick, promovida pelo Cine UFG. Em cartaz até 3 de junho, a mostra contempla as maiores obras do aclamado diretor, como Spartacus, O Iluminado e Nascido para Matar, com sessões diárias às 12 e 17h30.
E para os amantes da obra de Kubrick, ainda será realizado um debate sobre o filme Laranja Mecânica na próxima quarta-feira, 1º, após a exibição do mesmo.
A programação completa da mostra está no site www.ufg.br.