Seguindo as oportunidades
Seguindo as oportunidades
A primeira exposição da carreira de Célio Braga foi realizada em Anápolis, em uma coletiva. Em 1983, ele estreou no extinto e prestigiado espaço Itaú Galeria, em Goiânia. A porta estava aberta para espaços nobres da capital goiana, Brasília, Uberlândia e São Paulo. Mas, assim como havia chegado a Goiânia trazido pela inquietude, em 1987 também decidiu partir para outros rumos, desta vez nos Estados Unidos. Lá estudou na The Boston Museum School of Fine Arts. Tinha planos de ficar seis meses, mas ficou por mais quatro anos.
"Ao final desta época decidi voltar a Goiânia", conta. Mais uma vez, uma escolha propícia. Em pouco tempo tornou-se ainda mais conhecido, especialmente após ser vitorioso em um concurso cujo desafio era produzir uma obra durante uma maratona de 90 horas seguidas, em Goiânia. A premiação que ganhou incluía, além de uma quantia considerável em dinheiro, passagem para a Europa. O Velho Continente não estava exatamente em seus planos, mas acabou tornando-se porto seguro. "Queria ficar um tempo e voltar aos Estados Unidos. Acabei ficando 18 anos", brinca.
Em solo europeu, Célio ingressou já no final nos anos 90, na escola holandesa Gerrit Rieteveld Academie, em Amsterdã, cidade onde ainda hoje é um de seus pontos fixos, ao lado de São Paulo. Talvez não por muito tempo. "Nos últimos dois anos tenho sentido vontade de ficar mais na minha terra. Até então eu tentava ficar seis meses aqui e seis lá. Agora, embora tenha aquele sentimento comum de desterro em qualquer lugar, sinto que preciso estar mais perto da minha cultura", confidencia.
Exposição: Abstrações para Morrer de Amor (instalação)
Artista: Célio Braga / Local: Galeria da FAV (Câmpus 2 da UFG, ao lado do Conjunto Itatiaia)
Abertura: Hoje, às 10 horas / Visitação: De amanhã a 15 de julho, em horário comercial
Entrada franca