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Fiocruz e UFG confirmam caso de leishmaniose visceral canina em Goiânia

Foi confirmado o primeiro caso Leishmaniose Visceral Canina (LVC), na Região Leste de Goiânia, após complexa investigação, realizada em parceria com a Fiocruz (Rio de Janeiro) e o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG). Sendo assim, de acordo com o Programa Nacional de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (LV) do Ministério da Saúde, o município de Goiânia passa a ser considerado área com transmissão de leishmaniose visceral canina.

A leishmaniose é uma doença infecciosa grave, crônica, que acomete principalmente menores de 10 anos de idades, transmitida pela Lutzomia longipalpis, popularmente chamado de mosquito palha, contaminado através da picada de animais infectados (na área urbana através de cães).

Diante do quadro, a SMS se reuniu no dia 20 de julho com especialistas na área, representantes do Ministério Público Estadual, da Secretaria Estadual de Saúde, Conselho Regional de Medicina Veterinária (seção Goiás) para discutir as medidas que deverão ser adotadas ou implementadas na região do foco, para impedir a disseminação da doença. São elas: recomendar de imediato o uso de coleiras específicas nos cães (que repele o mosquito); telamento dos canis; controle de cães errantes (sem dono); eutanásia dos cães que tiveram o exame positivo e o monitoramento contínuo da ocorrência do vetor na região. Todas esta ações estão em conformidade com os protocolos do Ministério da Saúde (MS) para controle da Leishmaniose.

Uma vez que, o cão é o principal reservatório urbano, ou seja, aquele que armazena o protozoário da Leishmania, que o tratamento dos animais é proibido pelo ministério, pois não impede que o mesmo continue transmitindo a doença, faz-se necessário a implementação oportuna das medidas de controle, disponíveis e preconizadas pelo MS.

A secretaria também vai fazer vigilância de casos suspeitos em cães e pessoas, com alerta aos médicos veterinários do município sobre a notificação compulsória dos casos caninos sintomáticos e/ou reagentes e alerta a todos profissionais de saúde sobre a notificação compulsória dos casos humanos suspeitos, pois o diagnostico precoce e tratamento adequado diminui a chance de uma pessoa morrer  pela doença (letalidade). Quando não tratados a letalidade pode chegar a 90%.

Sintomas
Os principais sintomas da leishmaniose visceral em humanos são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos. Ainda não há vacina para a doença, que pode ser curada em pessoas, mas não em animais. 

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