Incubação para empresas

Atuando no sentido de aproximar pesquisa, empresa e sociedade, o Programa de Incubação de Empresas (Proine) da Universidade Federal de Goiás (UFG) vem se tornando popular entre os empresários empreendedores goianos. O projeto contribui para a formação e estruturação de novas empresas, ao prestar assessorias que levam os empreendimentos a caminharem no sentido do desenvolvimento econômico-social sustentável.
Vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UFG, o Proine é um programa sem fins lucrativos que “visa a criação de empreendimentos inovadores colaborando com a ampliação do índice de sobrevivência, competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas, oferecendo a esses empreendimentos de base tecnológica e de design a excelência dos recursos humanos que dele participam e de sua infra-estrutura”.
Recentemente, dois de seus trabalhos foram contemplados com bolsas do Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (Rhae) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Criado em 1987, com gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o Rhae busca incentivar o ingresso de pesquisadores (mestres e doutores) em micros, pequenas e médias empresas.
Um dos trabalhos selecionados foi o de André Ramos, diretor da empresa Requisito Tecnologia, com o título “Rede Social aplicada à validação de metodologias e teorias em Saúde e Esportes”. O projeto trabalha com a adaptação de protocolos relacionados à saúde e ao esporte para as características da população brasileira, e possui o apoio do Instituto de Informática (INF) da UFG.
O segundo é de autoria de Vagner Sacramento, da Cuia Internet Brasil, e propõe a redução de prejuízos com roubos e acidentes no transporte rodoviário de cargas. Sob o título “Sistema de gerenciamento de risco logístico para a prevenção de roubos e acidentes veiculares”, o trabalho está estruturado no desenvolvimento de um software que possa gerir estes riscos de acordo com a localização do veículo.
“Nosso diferencial está na ação preventiva que visamos proporcionar a transportadoras e seguradoras a partir da visibilidade dos riscos no processo de transporte de carga”, explica Vagner. “Buscamos agir preventivamente com o uso de informações que existem mas que não são utilizadas estrategicamente”, diz.
Ele ressalta que pretende desenvolver dispositivos que mapearão a área de cobertura de rede de telefonia celular em todo o país e efetuarão um cruzamento com dados geográficos, apontando, em tempo real, as áreas de risco tanto de roubo quanto de acidentes. “Pesquisas apontam que, em 2010, o custo com a perda de carga por motivo de roubo no Brasil foi de R$ 1,2 bi, enquanto que a perda por acidentes chegou a R$ 10 bi. Este custo é repassado ao consumidor, e é isto que tentaremos diminuir.”
Os dois trabalhos entram na linha proposta pelo Proine, de incentivar a formação empresarial na área tecnológica e de design por meio de apoio a empreendimentos que apresentam inovações tecnológicas ou envolvam pesquisas de soluções originais. Dentre as modalidade de incubação estão a de “Empresas residentes”, que são as constituídas ou em fase de constituição abrigada no espaço físico do Proine; as “Empresas associadas”, que são as constituídas ou em fase de constituição que mantém um vínculo com o Proine, sem ocupar espaço físico; e as “Empresas graduadas”, que completaram seu período de incubação, continuam mantendo o vínculo com a Incubadora.