IPHAN reconhece Bonecas Karajá como Patrimônio Cultural Brasileiro

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – aprovou, no dia 25 de janeiro, em Brasília, o pedido de registro das Bonecas Karajá como expressão do Patrimônio Cultural do Brasil. O registro será efetivado no Livro dos Saberes como Oficio e Modo de Fazer as Ritxoko e como Expressão Artística no livro dedicado às Formas de Expressão.
Consistindo em um esforço recente do IPHAN para ampliar o número de bens protegidos no país, essa aprovação tem como principais objetivos reconhecer a diversidade cultural brasileira e estabelecer planos de salvaguarda que assegurem as condições sociais e materiais para que as ceramistas possam transmitir e reproduzir seus conhecimentos. As bonecas se constituem como elemento fundamental na transmissão das histórias e valores do povo Karajá e muitas vezes são a única fonte de renda das famílias. Os objetos produzidos já integram o acervo de vários museus no Brasil e no exterior e são procurados também como objetos decorativos.

As bonecas, chamadas de ritxokos na fala feminina, são um aspecto essencial da cultura Karajá na medida em que representam cenas do cotidiano, ciclos de vida, seres mitológicos e cenas ritualísticas. São, portanto, portadoras de significado cultural, comunicando os valores do grupo e ocupando a tarefa de ensinar às crianças os sentidos da cultura em que estão inseridas.
As bonecas Karajá podem ser encontradas para comercialização na Associação Iny Mahãdu, localizada em São Félix do Araguaia (MT), no Centro Cultural Mauheri em Aruanã (GO) ou mesmo com as próprias ceramistas.

A FUNAPE foi a responsável por gerenciar financeira-administrativamente este projeto que foi executado em parceira com o Museu Antropológico da UFG.