Iphan inaugura exposição de bonecas Karajás
Iphan inaugura exposição de bonecas Karajás
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) inaugurou hoje, às 17h30, a exposição Ritxòkò – patrimônio do Brasil, na sede do instituto na cidade de Goiás. No discurso de apresentação da mostra, foi ressaltada a importância de cuidar da causa indianista no Brasil. A exposição vai mostrar a riqueza cultural e expressividade do artesanato do povo Karajá.
A superintendente do Iphan no Estado de Goiás, Salma Saddi disse que não se pode esquecer de ressaltar a importância desta temática. “Estamos a dois anos trabalhando em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), através do Museu Antropológico, para conquistar o registro das bonecas de Karajás como patrimônio histórico e cultural”, explicou Salma.
De acordo com Salma, é importante lutar pela conquista do título por se tratar de uma causa que está dentro de todos nós, brasileiros. Ainda na abertura da exposição, Salma agradeceu o apoio e a presença do diretor geral do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) Décio Coutinho, que representou a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel) no evento.
A diretora do Museu Antropológico, professora Nei Clara de Lima, lamentou a ausência de representantes dos índios Karajás na abertura da exposição e disse que lutará para a presença deles em outros dias do evento.
A exposição Ritxòkò foi dividida em duas partes. A primeira parte mostra um ensaio fotográfico dividido nos módulos: O rio Araguaia, o povo Iny (Karajá), O modo de fazer Iny ritxòkò, As ritxòkò e o universo Karajá e o Mundo Iny pelas mãos das mulheres Karajá. Na segunda parte, uma coleção de bonecas é apresentada abrangendo os temas cotidiano 1, cotidiano 2, guerreiros, bonecas antigas, mitos, sobrenatural e família.
Relevância histórica
A exposição das bonecas Karajás é apenas uma parte do projeto que tenta classificar estas obras de arte como patrimônio histórico e cultural. Segundo a historiadora do Iphan, Maíra Torres Corrêa, realizar esta exposição no Fica é mais do que oportuno pela temática ambiental do festival. “Além da mostra, há o material produzido com vídeos e fotografias dos índios Karajás e os respectivos trabalhos”, conta Maíra.
O intuito de uma exposição como esta é conseguir despertar a relevância e projetar a arte Karajá entre o público. Antes de chegar a Goiás, a mostra passou pelo Rio de Janeiro, em janeiro deste ano.